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Paulo Bento critica falta de ambição do Cruzeiro em derrota de virada para a Chapecoense no Sul

Treinador não gostou da postura do time celeste, que 'relaxou' após fazer 1 a 0

postado em 30/06/2016 00:10 / atualizado em 30/06/2016 01:19


Logo aos 6min de jogo, o Cruzeiro abriu o placar na partida desta quarta-feira contra a Chapecoense, na Arena Condá, em Chapecó. As circunstâncias apontavam um começo perfeito, em que o clube celeste continuaria incisivo no ataque e disposto a buscar o segundo gol. Mas não. Em ligeira vantagem, a equipe se contentou com a finalização do argentino Matías Pisano e tentou segurar o 1 a 0. O castigo veio ainda na etapa inicial, quando, aos 41min, Silvinho empatou. No segundo tempo, a Chape virou aos 23min, em cobrança de falta de Arthur Maia. A Raposa buscou a igualdade, aos 38min, com Fabrício Bruno, porém sofreu o terceiro, aos 43min, em chute de Kempes. Ao analisar a sexta derrota cruzeirense em 12 jogos no Campeonato Brasileiro, o técnico Paulo Bento criticou a falta de ambição de seus comandados, visivelmente relaxados após saírem à frente no marcador no Sul do país.

“Faltou concentração. Acho que faltou também atenção e ambição. Faltaram-nos muitas coisas. Creio que tivemos um início que, normalmente, deve ser um bom empurrão para uma equipe, que é começar a ganhar no início do jogo. Aos sete minutos fizemos 1 a 0. Normalmente, um gol no início não devia ser prejudicial a uma equipe. Para nós foi. Deixamos de jogar, ao contrário do que fizemos no último jogo (vitória sobre o Palmeiras, por 2 a 1), dentro da estratégia que tínhamos. Quando está ganhando por 1 a 0, normalmente se tem mais espaço, mas nós nunca o procuramos”, avaliou o treinador.

À beira de campo, Bento gritou muito com seus jogadores e “abusou” de pedidos de calma. O time, contudo, não conseguiu acompanhar as orientações do português e ofereceu espaços à Chapecoense. A desatenção no gol de Silvinho, mais esperto que o volante Federico Gino e o zagueiro Fabrício Bruno ao acompanhar a bola tocada por Gimenez, foi comentada pelo treinador na coletiva. “Acabamos, pela terceira vez, sofrer um gol entre o minuto 40 e 45 da primeira parte. Não é normal sofrer três gols, obviamente em três jogos diferentes, no fim da primeira parte. Isso revela um déficit de maturidade que tem a ver não apenas com a idade, mas também com a competitividade que pretendemos para a equipe”.

No segundo tempo, os erros se repetiram e o Cruzeiro acabou pagando caro. Paulo Bento apontou os lances malsucedidos do time, que, segundo ele, entrou com a confiança demasiadamente em alta por causa das vitórias seguidas sobre a Ponte Preta, por 4 a 0, e o Palmeiras, por 2 a 1.

“Em outro momento do jogo, quando chegamos ao 2 a 2, concedemos um escanteio na bola de saída, algo que não faz qualquer tipo de sentido. E o terceiro gol foi de uma bola parada no meio-campo do time adversário. Não ganhamos a primeira bola e nem a segunda. Nos faltou, creio eu, ambição. Pensamos que os seis pontos que tínhamos conquistado antes nos garantiriam a vitória, mas não é assim. Nos resta assumir a responsabilidade e felicitar o adversário pelo espírito que demonstrou”, encerrou.

Na 13ª colocação do Brasileiro, com 14 pontos, o Cruzeiro perderá uma posição nesta terça-feira, já que Santa Cruz (19ª, com 11) e Figueirense (15º, com 14) fazem confronto direto nesta quinta-feira, às 19h30, no Estádio do Arruda, no Recife. O próximo compromisso do clube celeste será no domingo, às 11h, contra o Vitória, no Mineirão.

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