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Com novo diretor, Gilvan fecha cúpula para último ano à frente do Cruzeiro; relembre

Desde o momento da posse, em 2012, foram doze profissionais na gestão

postado em 20/02/2017 16:53 / atualizado em 20/02/2017 16:53

EM/D.A. Press, Washington Alves/Light Press e Reprodução
A contratação de Eduardo Freeland para coordenar as categorias de base encerrou a reestruturação do departamento de futebol do Cruzeiro – o diretor executivo Thiago Scuro deixou o clube no fim da temporada 2016 e Klauss Câmara, que estava na Toca I, foi promovido ao profissional. Essa, portanto, será a última cúpula da gestão de Gilvan de Pinho Tavares, que coleciona mudanças de perfis e estilos de trabalho. Desde que tomou posse, em janeiro de 2012, o presidente já teve 12 dirigentes para cuidar da base e do elenco principal.

Reprodução
Quando assumiu o Cruzeiro, Gilvan optou por manter o diretor de confiança de Zezé Perrella, seu antecessor, mesmo diante de um caminhão de críticas. Dimas Fonseca acabou não suportando a pressão e deixou a Toca da Raposa II em fevereiro de 2012. No fim daquele ano, após problemas de relacionamento, o outro homem de confiança de Zezé, José Maria Fialho, entregou a vice-presidência de futebol.

Isolado do grupo político fundamental em sua eleição – ala capitaneada pelos irmãos Perrella –, Gilvan ouviu outro grupo de conselheiros para escolher Alexandre Mattos, em março de 2012, e iniciar a era de maior estabilidade da diretoria em sua gestão e o período mais vencedor do Cruzeiro na década.  Atual vice-presidente de futebol, Bruno Vicintin é quem está há mais tempo ao lado de Gilvan. Nomeado também em 2013 como superintendente da base, trabalhou ao lado de Mattos na promoção de alguns jogadores da base ao elenco profissional que conquistou o bicampeonato brasileiro em 2013 e 2014 (entre eles, Wallace, Mayke, Lucas Silva, Alisson, Elber e Vinícius Araújo).

Saída conturbada e instabilidade

EM/D.A. Press
A saída de Alexandre Mattos para o Palmeiras depois da conquista dos títulos brasileiros provocou a maior instabilidade na diretoria de Gilvan. Após reivindicar mais liberdade na condução do departamento de futebol e valorização de profissionais do setor e não ser atendido, o executivo optou por aceitar convite do Palmeiras e encerrar o ciclo na Toca da Raposa II. Confiante com a conquista de dois brasileiros, Gilvan optou por assumir a função de diretor e dar maiores poderes a Valdir Barbosa, gerente de futebol, e ao supervisor Benecy Queiroz.

“Não tem nenhum nome, negociação com ninguém. Depois da saída do Alexandre, o presidente do Cruzeiro vai ser o diretor de futebol. Até quando eu achar que devo contratar alguém para a função”, disse o presidente, em entrevista ao Superesportes, em 15 de dezembro de 2014. A ideia, porém, não funcionou muito bem. Diante dos números muito aquém do esperado, brigando por rebaixamento em dado momento do Brasileirão de 2015, o mandatário se viu obrigado a contratar Isaías Tinoco sete meses depois.

Indicado por Vanderlei Luxemburgo, então treinador, Isaías Tinoco teve trabalho muito contestado, principalmente quando cometeu gafe em entrevista coletiva realizada em agosto de 2015 (clique aqui e relemebre). O trabalho foi encerrado no fim daquele mês, quando Gilvan optou pela demissão dos dois profissionais. Pressionado pelo Conselho Deliberativo, nomeou Bruno Vicintin, então superintendente da base, para ser vice-presidente e homem forte do futebol.

Mudança completa de perfil

Jair Amaral/EM/D.A. Press
A nomeação de Bruno Vicintin para a vice-presidência representou a tentativa de mudar completamente o perfil de gestão do clube. Em processo seletivo coordenado pelo empresário, Thiago Scuro foi selecionado para ser o executivo de futebol. Com amplo conhecimento acadêmico, mas com prática apenas em clube-empresa, o dirigente chegou à Toca da Raposa II buscando profissionalizar os setores do futebol. Embora tenha alcançado sucesso no fortalecimento do grupo de scout e “planilhado” todo o clube, o rendimento do time nos gramados passou longe do esperado.

Thiago Scuro se demitiu do Cruzeiro no fim da temporada 2016 e deu lugar a Klauss Câmara, promovido ao cargo em janeiro. A esperança do clube é que a dupla que fez sucesso nas categorias de base também tenha harmonia no profissional para voltar ao caminho das vitórias. O início de ano é animador, já que o Cruzeiro tem sete vitórias em oito jogos disputados em 2017, com apenas um empate em jogo contra a URT, no último sábado, pelo Campeonato Mineiro. Na base, Eduardo Freeland chega muito elogiado por referências do mercado para manter o trabalho de formação realizado na Toca I.

As diretorias que iniciaram as temporadas desde 2012

2012
José Maria Fialho - vice de futebol
Dimas Fonseca - diretor de futebol
Roger Galvão - diretor da base

2013
Alexandre Mattos – diretor de futebol
Bruno Vicintin – superintendente da base

2014
Alexandre Mattos – diretor de futebol
Bruno Vicintin – superintendente da base
Klauss Câmara – diretor da base

2015
Valdir Barbosa – gerente de futebol
Benecy Queiroz – supervisor de futebol
Bruno Vicintin – superintendente da base
Klauss Câmara – diretor da base

*Isaías Tinoco teve passagem relâmpago pelo clube.

2016
Bruno Vicintin – vice de futebol
Thiago Scuro – diretor de futebol
Antônio Assumpção – superintendente da base
Klauss Câmara – diretor da base

2017
Bruno Vicintin – vice de futebol
Klauss Câmara – diretor de futebol
Antônio Assunção – superintendente da base
Eduardo Freeland – diretor da base

Para você, qual a melhor das cúpulas lideradas por Gilvan de Pinho Tavares?

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