Invencibilidade em 2017
Contando o amistoso de pré-temporada contra o Brasília, o Cruzeiro disputou 17 partidas no ano. São 13 vitórias e quatro empates, com aproveitamento de 84,31%. A série invicta já é superior à de 2013, quando o time perdeu pela primeira vez em seu 17º compromisso – justamente diante do Atlético, pelo duelo de ida da final do Mineiro (3 a 0, no Independência). Em 2017, porém, o objetivo da Raposa é ganhar do rival e estender essa invencibilidade.
Supremacia sobre o rival
Há dois anos o Cruzeiro não perde para o Atlético. Depois do clássico de 19 de abril de 2015, em que o alvinegro venceu de virada por 2 a 1, no Mineirão, os clubes se enfrentaram seis vezes, com quatro vitórias azuis e dois empates. O embate mais recente ocorreu em 1º de fevereiro, pela rodada de abertura do Grupo C da Primeira Liga. Com gol do uruguaio Arrascaeta, o Cruzeiro ganhou por 1 a 0 em clássico de torcida dividida meio a meio no Gigante da Pampulha. O público de 39.811 pagantes (41.530 presentes) proporcionou renda de R$ 1.139.052,00.
Os cruzeirenses também levam vantagem nos duelos disputados no Mineirão: 85 vitórias, 75 empates e 75 derrotas.
Por outro lado, as estatísticas gerais do clássico são distintas para Atlético e Cruzeiro, que levam em conta referências diferentes. Para a Raposa, são 478 duelos, com 186 triunfos do clube alvinegro, 128 empates e 164 vitórias celestes. Já o Galo diz que são 496 jogos: 199 vitórias alvinegras, 132 empates e 165 triunfos celestes.
Ganho de confiança
Enquanto o Atlético ostenta 100% de aproveitamento no Mineiro, o Cruzeiro deixou escapar pontos importantes nos empates com URT, Tombense e Uberlândia. Nessas partidas, o desempenho foi aquém do esperado e a equipe pecou ao errar muitas finalizações.
Por isso, ganhar o clássico de sábado será importante para o grupo de Mano Menezes retomar a confiança. Não apenas na sequência do Estadual, mas também visando às outras competições. Também em abril, o Cruzeiro enfrentará o Nacional-PAR, pela Copa Sul-Americana; e o São Paulo, na Copa do Brasil.
Teste contra adversário do mesmo nível
Em 1º de fevereiro, o Cruzeiro fez boa atuação contra o Atlético e poderia até ter marcado mais gols, mas ficou somente no 1 a 0. Do time que disputou o clássico, o volante Henrique e o armador Robinho, ambos machucados, serão desfalques.
Já o Atlético terá a dupla Fred e Robinho, que não atuaram no clássico pela Primeira Liga.
Fred é o grande destaque alvinegro, com 10 gols em nove jogos no Estadual (12 em 2017).
Desta forma, a Raposa provavelmente terá compromisso mais complicado que o anterior e poderá tirar uma base melhor do que vai encontrar nas semifinais do Mineiro e nos demais torneios.
Chances para jogadores se firmarem
Enquanto o lateral-esquerdo Diogo Barbosa, o meia Arrascaeta e o atacante Rafael Sobis são exemplos de peças imprescindíveis no esquema tático do técnico Mano Menezes, outros jogadores ainda buscam espaço no Cruzeiro.
O principal caso é o de Thiago Neves, grande contratação do clube para 2017. O armador já fez sete partidas, mas não mostrou o futebol que o consagrou como ídolo do Fluminense e o credenciou para vestir a camisa da Seleção Brasileira. O clássico é uma grande oportunidade para ele marcar seu primeiro gol e enfim deslanchar com a camisa azul e branca.
Quem também pretende se firmar é o volante Hudson, emprestado pelo São Paulo até dezembro de 2017. Escolhido por Mano Menezes para substituir o lesionado Henrique, o camisa 25 fez boa partida diante do Uberlândia na segunda-feira, destacando-se na troca de passes e nos desarmes.
Já o argentino Ramón Ábila, caso seja mantido na equipe, pode dar sequência a uma marca interessante neste início de ano. O centroavante contabiliza seis gols em quatro jogos como titular (média de 1,5 por partida). Na condição de suplente, marcou duas vezes em oito apresentações.