Com motivações diferentes, Cruzeiro e América duelam por vaga na final do Mineiro

Cruzeiro e América duelam neste domingo, às 18h, no Mineirão, pela semifinal do Estadual, com objetivos em comum, mas com motivações diferentes. Enquanto o time de Mano Menezes busca voltar à final do Campeonato Mineiro depois de dois anos sem disputá-la, a equipe liderada por Enderson Moreira espera ter uma vaga na decisão para seguir sonhando com o bicampeonato regional.

Por ter se classificado em segundo lugar na primeira fase do Estadual, o Cruzeiro joga por um empate diante do América para avançar à decisão. Na ida, no último domingo, os times ficaram na igualdade por 1 a 1, no Independência. Messias abriu o placar em favor do Coelho, porém Thiago Neves deixou tudo igual para a equipe azul.

Cruzeiro: para voltar à final

Mano Menezes optou por fechar as duas atividades de preparação para o clássico. Em entrevista coletiva nessa sexta-feira, porém, o treinador adiantou que pretende mexer o menos possível no time que eliminou o São Paulo na Copa do Brasil, no meio de semana. As principais baixas são Manoel e Ariel Cabral, que sofreram lesões na vitória por 2 a 0 sobre o Tricolor. Caicedo está confirmado na defesa, mas o mistério segue mantido sobre o substituto no meio-campo. A tendência é que Henrique forme dupla com Hudson.

“Quando iniciamos a temporada, traçamos alguns objetivos. Entre eles, estar na disputa do título do Campeonato Mineiro. Precisamos voltar a disputar títulos, a frase era exatamente essa. Esse segundo jogo com o América é, na verdade, o jogo que pode nos proporcionar chegar à final depois de dois anos de ausência. Não se trata de uma cobrança, se trata de um objetivo traçado que estamos próximos de atingir. Mas sabemos que faltam 90 minutos”, analisou Mano Menezes.

Além de brigar para voltar à final do Estadual depois de dois anos longe da disputa, o Cruzeiro defende neste domingo um longo período sem perder para o América no Mineirão. O último revés foi em maio de 2002, quando a Raposa, então comandada por Marco Aurélio, foi derrotada por 1 a 0 em jogo pelo Supercampeonato Mineiro. Desde então, foram 14 duelos, sete empates e sete vitórias.

América: para seguir sonhando com o bicampeonato

Com perfil parecido ao de Mano Menezes, de traçar estratégia específica para cada duelo, Enderson Moreira também faz mistério sobre o América que entrará em campo neste domingo. O treinador segue aguardando o parecer médico definitivo sobre as condições do atacante Felipe Amorim. Ele sentiu dores na coxa esquerda durante a semana, mas treinou normalmente nesse sábado. Já o substituto de Ernandes, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, está escolhido. Velho conhecido da torcida celeste, o lateral-esquerdo Pará vai para o jogo.

“O Cruzeiro mantém um padrão já há algum tempo. A gente vê os padrões repetidos, eles já têm uma maneira clara de fazer o jogo. Tem alguns pontos que tentamos explorar de algumas formas, mas é uma equipe que dá poucas chances aos adversários. É uma equipe extremamente qualificada, com um elenco de muita qualidade. Sabemos que vai ser outro jogo difícil, precisamos de muita concentração, envolvimento, personalidade para poder enfrentar essa grande equipe”, projetou Enderson.

Se por um lado o Cruzeiro quer voltar a disputar o título do Estadual, o América luta para manter no Lanna Drumond o caneco do Campeonato Mineiro. Atual campeão, o Coelho pode voltar a conquistar dois títulos regionais em sequência depois de 100 anos – o último bicampeonato foi em 1917.

CRUZEIRO X AMÉRICA

CRUZEIRO
Rafael; Mayke, Leo, Caicedo e Diogo Barbosa; Henrique e Hudson; Rafinha, Arrascaeta e Thiago Neves; Rafael Sobis. Técnico: Mano Menezes

AMÉRICA
João Ricardo; Auro, Messias, Rafael Lima e Pará; Gustavo Blanco, Juninho, Gérson Magrão e Renan Oliveira; Felipe Amorim (Mike) e Hugo Almeida. Técnico: Enderson Moreira.

Motivo: jogo de volta das semifinais do Campeonato Mineiro
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data e horário: 22 de abril (domingo), às 18h
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (Asp.Fifa/MG)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (FIFA) e Magno Arantes Lira (CBF)