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Mano Menezes revela que volta de Fábio ao gol do Cruzeiro estava programada

Técnico queria Rafael como titular na reta final do Mineiro e na Sul-Americana

postado em 14/05/2017 19:16 / atualizado em 14/05/2017 21:18

Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press

O início do Campeonato Brasileiro marcou a volta do goleiro Fábio à meta do Cruzeiro. Recuperado desde fevereiro de uma lesão ligamentar no joelho direito que o afastou dos gramados por sete meses, o jogador com mais partidas na história do clube havia feito apenas uma apresentação em 2017, contra o Democrata-GV, pelo Campeonato Mineiro, e reassumiu a posição na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, neste domingo, no Mineirão.

Segundo o técnico Mano Menezes, uma conversa com Fábio já havia definido que Rafael seria mantido como titular do Cruzeiro na reta final do Campeonato Mineiro e na primeira fase da Copa Sul-Americana, contra o Nacional do Paraguai. A mudança no gol ocorreria somente no Campeonato Brasileiro e foi confirmada diante dos paulistas.

Pelo ritmo de jogo que a posição exige, Mano descartou um revezamento entre Fábio e Rafael na sequência dessa temporada. ”Acho que a posição é muito delicada para fazer revezamento. Há algum tempo atrás, quando o Fábio foi liberado totalmente e tecnicamente estava numa condição muito próxima de Rafael, eu precisava tomar uma decisão sobre a posição. Chamei o Fábio, conversei com ele, mostrei que numa reta final de competição o risco era relativamente grande para fazer isso naquele momento, mas que, tão logo passasse, ele ia ter a oportunidade de defender a sua titularidade, que construiu com anos e anos com muito mérito no Cruzeiro. É um dos maiores ídolos senão o maior ídolo que nós temos no nosso grupo. É isso que fiz. Então o campo vai mostrar quem vai ser o titular do Cruzeiro”.

Fábio admitiu que, por sua história dentro do Cruzeiro, sempre achou que poderia ter voltado ao time antes. De qualquer forma, ele respeitou o posicionamento de Mano Menezes e aproveitou o tempo na reserva para aprimorar a forma técnica.

”Pude me preparar cada vez melhor. Cada dia que passava, que não jogava, pude aperfeiçoar, treinar mais e esperar a oportunidade. Tenho as minhas convicções, o que eu achava que tinha que acontecer, mas naquele momento eu tinha que pensar não na minha vontade, mas na vontade de estar com o grupo, passando força, confiando em quem estava jogando. O mais importante era o Cruzeiro. E trabalhei muito, como sempre fiz, respeitei sempre todos, independentemente de estar jogando ou não, e sabia que Deus tinha preparado o retorno na hora certa”, declarou.

Contra o São Paulo, Fábio chegou à partida de número 707 com a camisa do Cruzeiro.

Rafael, por sua vez, tem 87 jogos pelo Cruzeiro, 26 realizados este ano, incluindo um amistoso.

”Já estava meio que pré-determinado o Rafael terminar as competições que ele começou, e eu tenho que me colocar também no lugar do Rafael, estava vindo numa final de campeonato e nada mais justo que ele jogar. Eu queria jogar, mas o mais importante era o grupo. Independentemente da minha vontade, o mais importante era o grupo. Deus sabe o momento certo e era hoje, contra o São Paulo”, concluiu Fábio.


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