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Cruzeiro vê time reserva amargar baixa produtividade contra a Ponte; veja números

Equipe suplente enfrentou a Macaca nesta quinta-feira e perdeu por 1 a 0

postado em 22/06/2017 22:20 / atualizado em 23/06/2017 00:17

Marcello Zambrana/Light Press/Cruzeiro

Momentos antes de enfrentar a Ponte Preta, nesta quinta-feira, o Cruzeiro surpreendeu ao escalar um time quase inteiramente formado por reservas. A justificativa do assistente técnico Sidnei Lobo, que substituiu o suspenso Mano Menezes no banco, é que o time sofreu grande desgaste nas últimas partidas e precisaria ganhar descanso. Dentro de campo, a equipe que treinou com portões fechados nessa quarta, na Toca da Raposa II, mostrou-se totalmente desconjuntada e perdeu da Macaca por 1 a 0, no Moisés Lucarelli, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. O clube celeste chegou ao terceiro jogo seguido sem vitória, caiu para o 12º lugar (11 pontos) e está mais próximo da zona de rebaixamento que do G6 (O Sport é o 17º, com nove; o Fluminense está em sexto, com 14).

Dos 11 atletas que começaram o jogo, apenas Fábio e Caicedo são considerados titulares. À exceção de Leo, suspenso, os demais atletas foram poupados por descanso. O lateral-esquerdo Diogo Barbosa e o volante Ariel Cabral ficaram em Belo Horizonte. O lateral-direito Ezequiel, o volante Lucas Romero e o quarteto Robinho, Thiago Neves, Alisson e Rafael Sobis até viajaram para Campinas, mas começaram no banco de reservas.

Com a formação descaracterizada, o Cruzeiro não criou uma chance sequer no primeiro tempo. Aranha só trabalhou para cobrar tiros de meta e cortar cruzamentos. Nada mais. A Ponte Preta, que também pouco fez, conseguiu balançar a rede numa jogada fortuita. No lance, Lennon olhava para cima, em direção à bola, e acabou empurrando Lucca – talvez sem intenção – dentro da grande área. O árbitro Grazianni Maciel Rocha assinalou pênalti. Na cobrança, Lucca deslocou Fábio e anotou o tento da vitória aos 36min do primeiro tempo.

Na volta para o segundo tempo, Sidnei Lobo trocou Lennon pelo volante Lucas Romero, que foi improvisado na lateral. Aos 8min, Élber fez grande jogada e exigiu grande defesa de Aranha em chute colocado no ângulo direito. Aos 10min, Ábila desperdiçou boa chance de dentro da grande área. Depois de 15 minutos, Sassá e Rafael Sobis foram acionados para mudar o panorama da partida, mas não acrescentaram muito ao time.

Os números levantados pelo Footstats ilustraram a baixa produtividade celeste. Foram apenas oito finalizações em 90 minutos, sendo duas em direção à meta. Com 48% de posse de bola, o Cruzeiro trocou 292 passes – 38 a menos que a Ponte Preta – e teve somente um escanteio. Já os 17 cruzamentos tentados pararam no bloqueio do adversário. Encarregado de ser o armador da equipe, Rafinha apareceu mais na execução de tiros livres e não deu sustos à defesa pontepretana.

Em entrevista coletiva depois da partida, Sidnei Lobo reforçou a posição de preservar os titulares e até elogiou o time que saiu derrotado de Campinas – mesmo com pouquíssimas situações criadas. “A decisão que tomamos foi exatamente para dar condições para esses atletas que vêm treinando no dia a dia. Jogadores que já foram titulares da equipe. Quem acompanha, sabe do empenho dos atletas. Essa ideia foi em função do desgaste que estava tendo e diante da confiança que temos em todos os jogadores. Já temos um confronto muito difícil contra o Coritiba, a Ponte Preta teve dois dias a mais para se recuperar. Semana que vem já tem a Copa do Brasil. A decisão foi essa e o que me deixa mais feliz é que os atletas que atuaram, atuaram muito bem”.

No próximo domingo, às 16h, no Mineirão, o Cruzeiro jogará contra o Coritiba com a expectativa de que o quarteto Robinho, Thiago Neves, Alisson e Rafael Sobis seja titular. Reservas contra a Ponte Preta, eles somaram cinco dos oito gols do clube no Campeonato Brasileiro. Os outros três foram marcados por Ramón Ábila.


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