Dos 11 atletas que começaram o jogo, apenas Fábio e Caicedo são considerados titulares. À exceção de Leo, suspenso, os demais atletas foram poupados por descanso. O lateral-esquerdo Diogo Barbosa e o volante Ariel Cabral ficaram em Belo Horizonte. O lateral-direito Ezequiel, o volante Lucas Romero e o quarteto Robinho, Thiago Neves, Alisson e Rafael Sobis até viajaram para Campinas, mas começaram no banco de reservas.
Com a formação descaracterizada, o Cruzeiro não criou uma chance sequer no primeiro tempo. Aranha só trabalhou para cobrar tiros de meta e cortar cruzamentos. Nada mais. A Ponte Preta, que também pouco fez, conseguiu balançar a rede numa jogada fortuita. No lance, Lennon olhava para cima, em direção à bola, e acabou empurrando Lucca – talvez sem intenção – dentro da grande área. O árbitro Grazianni Maciel Rocha assinalou pênalti. Na cobrança, Lucca deslocou Fábio e anotou o tento da vitória aos 36min do primeiro tempo.
Na volta para o segundo tempo, Sidnei Lobo trocou Lennon pelo volante Lucas Romero, que foi improvisado na lateral. Aos 8min, Élber fez grande jogada e exigiu grande defesa de Aranha em chute colocado no ângulo direito. Aos 10min, Ábila desperdiçou boa chance de dentro da grande área. Depois de 15 minutos, Sassá e Rafael Sobis foram acionados para mudar o panorama da partida, mas não acrescentaram muito ao time.
Os números levantados pelo Footstats ilustraram a baixa produtividade celeste. Foram apenas oito finalizações em 90 minutos, sendo duas em direção à meta. Com 48% de posse de bola, o Cruzeiro trocou 292 passes – 38 a menos que a Ponte Preta – e teve somente um escanteio. Já os 17 cruzamentos tentados pararam no bloqueio do adversário. Encarregado de ser o armador da equipe, Rafinha apareceu mais na execução de tiros livres e não deu sustos à defesa pontepretana.
Em entrevista coletiva depois da partida, Sidnei Lobo reforçou a posição de preservar os titulares e até elogiou o time que saiu derrotado de Campinas – mesmo com pouquíssimas situações criadas. “A decisão que tomamos foi exatamente para dar condições para esses atletas que vêm treinando no dia a dia. Jogadores que já foram titulares da equipe. Quem acompanha, sabe do empenho dos atletas. Essa ideia foi em função do desgaste que estava tendo e diante da confiança que temos em todos os jogadores. Já temos um confronto muito difícil contra o Coritiba, a Ponte Preta teve dois dias a mais para se recuperar. Semana que vem já tem a Copa do Brasil. A decisão foi essa e o que me deixa mais feliz é que os atletas que atuaram, atuaram muito bem”.
No próximo domingo, às 16h, no Mineirão, o Cruzeiro jogará contra o Coritiba com a expectativa de que o quarteto Robinho, Thiago Neves, Alisson e Rafael Sobis seja titular. Reservas contra a Ponte Preta, eles somaram cinco dos oito gols do clube no Campeonato Brasileiro. Os outros três foram marcados por Ramón Ábila.