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COLUNA DA ARQUIBANCADA

Que o Cruzeiro adie um pouco mais o começo de 2018

'Pode ter certeza de que apoio de mais de 50 mil apaixonados durante os 90 minutos (e se preciso, durante os pênaltis) não irá faltar. Apenas joguem por nós e honrem a camisa do Maior de Minas'

postado em 23/08/2017 12:00

Juarez Rodrígues/EM/D.A Press

A vaga para a final da Copa do Brasil, disputada entre Cruzeiro e Grêmio, está sim em aberto. Tudo bem que os gaúchos têm a vantagem por ter conseguido a vitória no jogo de ida, em Porto Alegre, pelo placar mínimo. Mas é só isso. Uma vitória magra leva a decisão para os famigerados pênaltis (e temos o melhor goleiro do Brasil) e com dois gols de diferença saímos com a classificação. Tá difícil? Sim. Vai ser sofrido? Pode ter certeza que sim. Mas não se esqueçam que aqui tem uma camisa tão pesada e de tradição que não dá para duvidar nunca. Ainda mais se tratando de um gigante como o Cruzeiro.

Os problemas do lado celeste são muitos, mas não desanimadores. Ao meu ver, os dois principais são a ausência do Ariel Cabral no meio-campo e a falta de um atacante de ofício, fazedor de gols. Indo por partes. No meio, se fosse o Mano, não insistiria em Henrique e Hudson. O time já se afundou duas vezes na temporada com essa formação (Sul-Americana e Mineiro). E caso volte a usar essa dupla, o destino, provavelmente, será o mesmo. Se quer mesmo sair classificado do Mineirão, daria a oportunidade ao garoto Nonoca. Não porque ele é da base celeste, mas pelo simples fato de ele ter um passe melhor, ótima visão de jogo e estar em boa fase. Para os que questionam a idade dele, vejam o tanto que a nossa zaga estabilizou com a entrada do Murilo. Até o futebol do Leo melhorou com a chegada do menino.

Já no ataque, a situação é um pouco mais complicada. Sem o Sassá, que vem sendo nosso homem-gol – 13 jogos, sendo seis vindo do banco; 20 finalizações, média de 1,5 por jogo; e seis gols marcados, média de 2,8 finalizações por gol – e sem o Ábila, que era o nosso artilheiro, seria mais audacioso. Deixaria o Rafael Sobis no banco e começaria a partida com o Raniel. Além de ter marcado no último jogo, esse outro jovem tem entrado com personalidade e seria uma referência na frente, algo que não acontece com o Sobis. Quando o time ataca, come pelas beiradas, mas não é agudo nas finalizações. E o Cruzeiro precisa aproveitar o desfalque do Geromel na zaga tricolor.

Essas duas mudanças no time celeste, além de melhorar, oxigenar e modificar o escrete azul, podem evitar que o Cruzeiro seja colocado no bolso pelo Grêmio pelo quarto jogo seguido contra ele na Copa do Brasil (dois na semifinal de 2016 e o primeiro deste ano).

E, independente se você é como eu, que não gosta ou não concorda com o trabalho e o comando do Mano Menezes nesta segunda passagem dele pelo Cruzeiro, lembre-se que o que move a paixão por esse time são as cinco estrelas cravadas sobre o manto azul. O Cruzeiro é a sua torcida e somos muito maior que qualquer profissional que passe por aqui.

Pode ter certeza de que apoio de mais de 50 mil apaixonados durante os 90 minutos (e se preciso, durante os pênaltis) não irá faltar. Apenas joguem por nós e honrem a camisa do Maior de Minas. E caso a classificação não venha, que o 2018 comece a ser planejado na Toca da Raposa II.

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