Aos 29 minutos do segundo tempo, o meia viu a placa subir com seu número e Matías Fernández, seu substituto, rezando, pronto para entrar. O jogador que ainda tem contrato com o Palmeiras balançou a cabeça negativamente e caminhou xingando para cumprimentar seu colega e sair.
Como já tinha feito com Oswaldo de Oliveira no Palmeiras neste ano, Valdivia nem cumprimentou o técnico Jorge Sampaoli antes de sentar no banco de reservas e, sem esconder o incômodo por não estar jogando, arrancar todas as proteções que usa nos músculos que se acostumou a ter lesões.
Antes de sair, Valdivia chamou atenção de forma diferente. Tinha efetuado oito desarmes sobre argentinos, mostrando a disposição que o marcou durante esta Copa América. Procurou a bola o tempo todo e, no primeiro tempo, chegou a lamentar por escolher dar um passe em vez de finalizar.
Matías Fernández, seu substituto e ex-colega de Colo Colo, foi um dos chilenos que converteram pênaltis e garantiram a taça ao país anfitrião da Copa América após 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. Campeão, Valdivia corria pelo gramado, abraçado a crianças na comemoração da conquista continental.
Agora, o meia passa a definir o seu destino. O jogador ficou mais tempo no departamento médico do que jogou ao longo de cinco anos de contrato com o Palmeiras. O vínculo com o clube acaba em 17 de agosto e o acordo por renovação ficou tão complicado que a diretoria já informou o técnico Marcelo Oliveira que não deve contar com o camisa 10. O Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, divulgou acordo com Valdivia e deve negociar sua liberação mais cedo do Verdão.