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FUTEBOL EUROPEU

Lado B da Liga dos Campeões tem públicos pequenos, estádios acanhados e clubes amadores

Competição europeia que concentra grandes craques também tem seu lado "várzea"

postado em 23/07/2014 08:00 / atualizado em 23/07/2014 08:18

Thiago Madureira /Superesportes

Divulgação UEFA
Clubes amadores, públicos pequenos e estádios acanhados. A descrição que se encaixa com perfeição em alguns campeonatos estaduais do Brasil refere-se, contudo, às fases iniciais da Liga dos Campeões da Europa.

Peculiar, o torneio da Uefa tem várias faces. A competição que concentra o maior número de craques do mundo também tem seu lado "várzea", que é pouco difundido pela irrelevância dos envolvidos.

No início deste mês, enquanto o mundo vivia as emoções da Copa, a primeira eliminatória da Champions era disputada. Em campo, representantes amadores e semiprofissionais de Andorra, Armênia, Ilhas Faroé, Gibraltar, San Marino e Estônia.

A novidade desta edição é a presença do primeiro clube gibraltino da história a participar de competições da Uefa. O Lincoln Red estreou na Liga dos Campeões, no dia 2 de julho, contra o HB, da Islândia. A partida ficou no 1 a 1.

Ao se observar o local do confronto, constata-se a precariedade dos clubes presentes nas primeiras eliminatórias. O estádio que foi palco do confronto comporta cerca de cinco mil pessoas.

O curioso é que existe uma pista de avião bem ao lado da ‘arena’. Quando a bola rolava, as grandes aeronaves pousavam e decolavam. A cena curiosa, que em nada lembra a Liga dos Campeões, pode ser vista em um vídeo que um torcedor publicou no Youtube.



Além deste, outros dois jogos foram realizados na fase inicial do torneio. O Santa Coloma (Andorra) enfrentou o Banants (Armênia) e La Fiorita (San Marino) duelou contra Levadia (Estônia).

A dura realidade dos clubes se assemelha. Os jogadores recebem salários simbólicos (muitos têm outras ocupações) e a estrutura para treinamento, assim como os estádios, é deficitária. Logo, fica fácil concluir que existe um abismo entre os pequenos e os grandes na Liga dos Campeões.

A presença dessas equipes pequenas se dá em função das vagas garantidas às federações integrantes da Uefa. Das 54 afiliadas, 53 têm representantes - a exceção é Liechtenstein, que não organiza um campeonato local. O número maior de representantes de alguns países se dá em função de coeficiente da Uefa.

Inchada, a Liga dos Campeões está na sua segunda fase. A maioria dos representantes ainda é de países sem muita tradição no esporte (veja no mapa abaixo) - com algumas exceções. Quem avançar ainda passa por outra eliminatória para, assim, entrar na fase de grupos. É um caminho interminável no qual os pequenos dificilmente terão vez.

Divulgação UEFA

Tags: Liga dos Campeões públicos pequenos estádios acanhados