A boa atuação rendeu aplausos dos torcedores e elogios do técnico Marcelo Oliveira aos dois pratas da casa. Agora, ambos esperam dar sequência ao trabalho, conquistando cada vez mais espaço no time, mesmo que para isso tenham de disputar uma vaga com jogadores já consagrados, como Dagoberto e Diego Souza.
“Deus está me abençoando. O Marcelo (Oliveira) me chamou e falou: ‘Acho que as coisas o estão favorecendo’. Infelizmente o Anselmo machucou, torço para que ele se recupere o mais rápido possível, mas graças a Deus o professor precisou de mim e estava preparado ali no banco, doido para entrar. Entrei ainda no primeiro tempo e consegui fazer o gol e ajudar o time a sair vencedor”, afirmou Vinícius Araújo, que fez 20 anos no mês passado e subiu em janeiro para o time profissional.
Já para Élber, que está desde o ano passado na equipe principal, a boa atuação tem sabor de desabafo. Afinal, sem muitas chances nesta temporada, viu seu nome envolvido em especulações de empréstimo a outros clubes, enquanto seu desejo sempre foi vencer com a camisa azul. “O Marcelo Oliveira e a diretoria sempre acreditaram em mim, no meu potencial. O treinador até falou que, na hora que eu entrasse, tinha de mostrar meu valor para continuar aqui. Acho que mostrei que posso ficar. É uma resposta para os que duvidaram de mim, uma coisa boa para minha família e a diretoria”, declara o armador, que fará 21 anos em 27 de maio.
Ele fez questão de elogiar os companheiros, mesmo que saiba que quanto maior e mais qualificada a concorrência, mais difícil será conseguir espaço. “Este ano o Cruzeiro montou um grupo forte, para brigar por títulos. A briga é sempre sadia, cada um querendo mostrar seu futebol para entrar bem e ajudar o Cruzeiro”, diz o jogador, para quem a temporada é longa e todos terão a oportunidade de mostrar futebol. “É fácil jogar com atletas de qualidade, como os que temos aqui. O Dagoberto, por exemplo, fez o passe para eu marcar o gol. Tem de ser assim.”
RESERVAS Em jogo-treino realizado na tarde de ontem, na Toca da Raposa II, os jogadores que não foram titulares contra o Tombense, enfrentaram o Minas, de Sete Lagoas. A equipe foi formada por Rafael; Mayke, Nirley, Wallace e Egídio; Uélliton (Lucas Silva), Tinga e Ricardo Goulart (Alisson); Dagoberto, Borges e Ananias (Élber), e o destaque foi Ricardo Goulart, que marcou três vezes. O placar foi aberto por Nirley.
E MAIS...
CONTUSÃO
O atacante Anselmo Ramon foi submetido a um exame de imagem, e os médicos do Cruzeiro falaram que ele sofreu lesão no músculo adutor da coxa esquerda. O jogador deixou o jogo com o Tombense aos 17min e não enfrenta o Araxá, domingo, na casa do adversário.
Todas as bilheterias abertas
O Cruzeiro e a Minas Arena anunciaram ontem que a partir de agora farão uma gestão compartilhada na venda de ingressos nos jogos do clube no Mineirão. A primeira providência já divulgada é a abertura de todas as bilheterias em todas as partidas da equipe. A intenção é evitar novos problemas como os do último sábado, quando a Raposa enfrentou o Tombense e cerca de 4 mil torcedores acabaram desistindo de comprar ingressos. Na ocasião, somente 12 dos 60 postos de venda estavam abertos, o que provocou enormes filas e muita irritação na torcida.
Segundo o diretor de comunicação do clube, Guilherme Mendes, a Raposa usará “sua experiência de 92 anos vendendo ingressos para trabalhar juntamente com a Minas Arena. A Outplan (empresa terceirizada pela Minas Arena para trabalhar na venda) segue atuando”. Ainda segundo Mendes, um dos principais responsáveis na Raposa para participar da parceria é o diretor de tecnologia do clube, Aristóteles Loredo.
Ontem o presidente celeste, Gilvan de Pinho Tavares, se reuniu com Ricardo Barra, presidente da Minas Arena, buscando a solução do problema. No dia da partida, o dirigente chegou a cogitar a troca da empresa responsável pela negociação dos bilhetes e até mesmo que o clube assumisse o serviço. Em nota, as partes alegaram que “por entenderem que a responsabilidade da prestação de serviço de bilhetagem é de ambos, decidiram por uma gestão compartilhada”. Ainda segundo o comunicado, uma medida prática a ser adotada daqui para frente é abrir todas as bilheterias no dia dos jogos.
A ineficiência do serviço no sábado gerou prejuízo para o Cruzeiro e para a Minas Arena, uma vez que calcula-se que se as cerca de 4 mil pessoas tivessem entrado, a renda poderia ter chegado a R$ 1,1 milhão, ou quase 20% maior.
ARRECADAÇÃO
R$ 563.116,12 ficaram com o Cruzeiro, dos R$ 898.780 arrecadados no jogo com o Tombense