Futebol Nacional
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Só um ponto na bagagem

Cruzeiro até mostra bom futebol, mas perde do Botafogo e não cumpre a meta que traçou para os dois jogos fora de casa. Agora, terá duas partidas em Sete Lagoas para se recuperar

postado em 02/06/2013 08:01

(Celso Pupo/Fotoarena/Folhapress)

Mesmo atuando bem na maior parte do tempo, o Cruzeiro sofreu ontem sua segunda derrota em 2013, a primeira no Campeonato Brasileiro: 2 a 1 para o Botafogo, em Volta Redonda, pela terceira rodada. Com o resultado, teve frustrada a meta de conquistar pelo menos quatro pontos nos dois jogos consecutivos que fez fora de casa – quarta-feira havia empatado por 2 a 2 com o Atlético-PR, em Curitiba.

Agora, a equipe celeste tentará se reabilitar nas duas partidas seguidas como mandante, em Sete Lagoas, porque o Mineirão está entregue à Fifa para a Copa das Confederações. O primeiro será quarta-feira, às 22h, contra o Corinthians. O segundo no sábado, às 16h20, diante do Internacional.

“Futebol é assim, inexplicável. Fomos superiores o jogo inteiro, criamos muito, mas não conseguimos a vitória. Temos de ter mais atenção”, lamentou o armador Diego Souza depois do revés. A análise é correta quanto ao volume de jogo do time celeste, que criou a primeira chance aos 2min, com Anselmo Ramon, na área, chutando para fora. Mas quem marcou primeiro foi o Botafogo, aos 6min. Depois de falha de Leandro Guerreiro, Vitinho arrancou pela esquerda, superou Dedé na corrida e bateu ao entrar na área. Fábio defendeu parcialmente, mas Lodeiro, no rebote, emendou sem maiores dificuldades.

A partir dos 20min, a Raposa melhorou e poderia ter empatado aos 23min, quando Ceará cruzou da direita e Anselmo Ramon teve duas chances para fazer o gol, mas em ambas Renan defendeu. Um minuto depois, o atacante se redimiu. Depois de Renan desviar chute de Diego Souza, ele superou um zagueiro no corpo a corpo e chutou. A bola bateu na trave, nas costas do goleiro e entrou.

IMPRUDÊNCIA

O Cruzeiro voltou bem melhor no segundo tempo e aos 5min poderia ter desempatado, em boa jogada de Diego Souza, que no momento da conclusão foi travado. Mas o Botafogo mais uma vez chegou ao gol primeiro, aos 11min. Nílton tentou dar uma bicicleta para tirar a bola da área e acabou acertando Rafael Marques. Lodeiro cobrou no meio do gol e repôs o alvinegro em vantagem.

O gol abateu os celestes, que só conseguiram voltar a criar depois dos 20min. A melhor chance, porém, foi dos cariocas, em chute de Júlio César, aos 30min, que Egídio salvou em cima da linha, com a bola ainda batendo no travessão. Três minutos depois, foi a vez de Luan acertar a trave, finalizando chute cruzado de Dedé da direita. O adversário respondeu aos 39min, com Seedorf mandando por cima.

A partir daí, a equipe mandante tratou de se segurar atrás, enquanto os visitantes partiam para o tudo ou nada, de maneira desordenada. Não deu para evitar a derrota.

Botafogo 2 x 1 Cruzeiro

Botafogo
Renan; Lucas, Bolívar, Antônio Carlos e Júlio César; Marcelo Mattos, Gabriel (Lucas Zen, 49 do 2º), Seedorf (André Bahia, 44 do 2º), Vitinho e Lodeiro (Renato, 28 do 2º); Rafael Marques
Técnico: Oswaldo de Oliveira

Cruzeiro
Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Leandro Guerreiro (Lucas Silva, intervalo), Nílton, Éverton Ribeiro (Ricardo Goulart, 27 do 2º) e Diego Souza; Dagoberto (Luan, 20 do 2º) e Anselmo Ramon
Técnico: Marcelo Oliveira

Estádio: Da Cidadania
Gols: Lodeiro 6 e Anselmo Ramon 24 do 1º; Lodeiro 11 do 2º
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Evandro Gomes Ferreira e Márcio Soares Maciel (GO)
Cartão amarelo: Bruno Rodrigo, Leandro Guerreiro, Marcelo Mattos e Lucas
Pagantes: 2.685
Renda: R$ 89.875

VIVA
Para a postura do Cruzeiro. Mesmo fora de casa, o time foi para cima do adversário

VAIA
Para a baixo aproveitamento celeste nas bolas paradas. A equipe perdeu praticamente todas

VILÃO DO JOGO
Mesmo que o pênalti tenha sido discutível, Nílton foi no mínimo imprudente no lance que acabou custando três pontos ao Cruzeiro. Na tentativa de se redimir, o volante foi ao ataque, mas se precipitou nas conclusões, prejudicando a equipe, que precisava arriscar mais chutes a gol, pois o goleiro Renan se mostrava inseguro