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Bolívar detona presidente do Botafogo, diz que acionou Justiça e torce por 2015 brilhante

Zagueiro revelou bastidores de sua demissão no alvinegro carioca

postado em 30/10/2014 15:23 / atualizado em 30/10/2014 15:31

Gazeta Press

Botafogo/Divulgação
Quase um mês depois de ter sido demitido pelo Botafogo, o zagueiro Bolívar voltou a falar publicamente sobre sua situação. Chateado com o clube pelo qual garante ter muito carinho e respeito, o beque afirma que ainda não recebeu os salários atrasados e nem o valor de sua rescisão contratual. Assim, seu advogado já acionou o Alvinegro na Justiça e agora espera pelos seus direitos. O defensor foi afastado junto com Emerson Sheik, Júlio César e Edilson. Ele revelou que recebeu apenas um telefonema do diretor de futebol Wilson Gottardo, quando gostaria de ter sido comunicado pelo presidente Maurício Assumpção, o mesmo que cuidou de sua contratação.

“Não conversei com o presidente. Na véspera da partida contra o Vitória, veio o telefonema do Wilson Gottardo falando que era para se apresentar, mas que não fazíamos mais parte do grupo. Faltou a palavra do presidente, é coisa de homem, falar cara a cara. Quando quer me contratar conversa, mas para demitir não. Falávamos com alguns diretores e isso de repente foi o desgaste maior. Estávamos há sete meses com contrato atrasado. Estávamos lutando pelos mais jovens também. Direito nosso. Até hoje não consegui entender realmente a verdade do que aconteceu. As pessoas na rua me perguntam e eu não consigo explicar qual o motivo da minha demissão e dos jogadores. Foi uma decisão do presidente, no meu ponto de vista errada, mas temos que acatar”, disse em entrevista à ESPN.

Bolívar garante que mantém contato com muitos jogadores do elenco atual do Botafogo e torce para o clube escapar do rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. Considerado importantíssimo no time, ele não entende como pode ter sido mandado embora em um momento ruim na tabela. Consciente, o beque tem em mente que sua personalidade forte pode tê-lo atrapalhado, mas não se arrepende.

“Tivemos uma reunião com alguns torcedores que iriam ajudar o clube. Acabamos por não receber, porque poucos dias depois aconteceu nossa demissão. Pareciam ser de confiança, apaixonadas pelo clube. O Gottardo sempre foi um cara muito transparente. Era a nossa pessoa de confiança para passar alguma coisa ao presidente e a diretoria. Ele é muito comprometido com o clube. A chegada dele nos deu mais tranquilidade. Fiz uma rescisão de contrato, por lei teria que receber, mas ainda não aconteceu. Fiz um acordo de dez dias com o Botafogo, mas eles também não pagaram. Meu advogado já entrou na justiça e só Deus sabe quando vou receber. Já estava há sete meses, agora vão se fechar dez de imagem e seis de carteira de trabalho”, revelou.

Questionado sobre uma possível volta ao clube no futuro, ele deixou em aberto e garantiu que ainda não recebeu propostas de outros grandes do Brasileirão. Bolívar acredita que se fosse Seedorf em seu lugar, não teria sido demitido, graças ao prestígio que tem no mercado internacional. “Já foi um absurdo terem nos mandado embora, que dirá ele”.

“O clube foi avisado que depois de dez dias seria acionado na justiça, o prazo foi dado. Agora é aguardar para receber na justiça. Sabemos que tem eleição, sempre demonstrei meu carinho pelo Botafogo, com o torcedor. Se eu tiver a oportunidade de voltar, quem sabe. Muitas coisas vão acontecer ainda. Não houve contato com o Bom Senso FC, mas conheço os representantes. Todo mundo que trabalha quer seus direitos e eles brigam por isso. O caminho está bacana, conseguimos reivindicar muitas coisas no futebol. Cada um dos quatro jogadores tem pessoas responsáveis para poder brigar por isso na justiça. Tenho me dedicado, ido a academias, com a mesma rotina para fazer um 215 brilhante”, finalizou.

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