Futebol Nacional
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DEMITIDO

Abel Braga negou que quisesse deixar Fluminense e exalta relação com grupo

Treinador confirmou que foi demitido pela diretoria do clube tricolor

postado em 29/07/2013 18:12 / atualizado em 29/07/2013 18:30

Fernando Cazaes/Photocamera

Demitido oficialmente do Fluminense na tarde desta segunda-feira, o treinador Abel Braga reconheceu o momento difícil que a equipe tricolor passa nesta temporada. Entretanto, em entrevista concedida nas Laranjeiras, o técnico negou interesse em rescindir seu contrato com clube carioca, exaltou sua relação com elenco e destacou sua trajetória no comando do time.

“Não estou deixando o Fluminense, fui demitido. Eu não deixaria um grupo fantástico e nem largaria em um momento em que a equipe não está vencendo. Serei muito breve, pois me emocionei quando me despedi dos atletas. Percebi que era mais querido do que imaginava. Deixo o time com um pedaço meu aqui, como terceiro treinador que mais comandou o clube”, exaltou.

Os primeiros indícios de que o técnico seria desligado aconteceram na noite deste domingo, após a derrota diante do Grêmio, quando a alta cúpula tricolor se reuniu ainda no hotel para traçar planejamento. Na tarde desta segunda-feira, o técnico se despediu do plantel e causou comoção entre os jogadores, que se mostraram emocionados com a demissão.

Abel não resistiu à sequência de cinco derrotas consecutivas no Campeonato Brasileiro, onde deixa a equipe na zona de rebaixamento, ocupando a 17ª colocação, com nove pontos. Além disso, o técnico também fracassou em duas oportunidades na tentativa de conduzir o time tricolor ao inédito título da Copa Libertadores da América, caindo nas quartas de final contra Boca Juniors (Argentina) e Olimpia (Paraguai), respectivamente.

“Se eu fosse dirigente, eu também mudaria o comando. Deixo meu agradecimento a todos no clube, sem exceção. Um enorme agradecimento por ter me proporcionado esses momentos. Foram 26 meses na equipe, algo raro no cenário nacional. Já era hora de fazer uma alteração”, destacou.

O treinador chegou ao Fluminense em junho de 2011 e atingiu seu auge pelo clube tricolor na temporada seguinte, conquistando os títulos estadual e brasileiro. Anteriormente, já havia tido uma passagem como jogador, entre 1971 e 1976, e como técnico, em 2005, quando também foi campeão regional. Ao todo, são 217 partidas no banco de reservas, com 117 vitórias, 44 empates e 59 derrotas.

“Repetirei algo que disse a um de nossos jogadores, uma frase que algum gênio escreveu. ‘O covarde nunca tenta, o fracassado nunca desiste e os vencedores sempre sabem onde querem chegar”, completou. “O treinador que chegar vai encontrar a equipe formada, um grupo excepcional e jogadores de caráter, que sabem e medem todas as consequências”, encerrou.

A expectativa é de que o Fluminense anuncie novo treinador ainda nesta semana. Vanderlei Luxemburgo e Ney Franco, sem equipe desde que deixaram Grêmio e São Paulo, respectivamente, e Cristóvão Borges, atualmente no Bahia, são os nomes preferidos dos dirigentes tricolores. Caso ninguém seja contratado até esta quarta-feira, o técnico da equipe sub-17, Marcos Valadares, ficará no banco de reservas contra o Cruzeiro, às 19h30 (de Brasília), no Maracanã.

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