Futebol Nacional
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Ele se sente em casa

postado em 03/02/2013 08:35

(RODRIGO CLEMENTE/EM/D.A PRESS)
A única indefinição no Cruzeiro para o jogo de hoje está entre Anselmo Ramon, que nasceu em Camaçari (BA), e Vinícius Araújo, natural de João Monlevade (MG). Caso Marcelo Oliveira opte pelo baiano, que é mais experiente, a Raposa entrará em campo hoje só com os chamados forasteiros. Do goleiro Fábio, mato-grossense de Nobres, ao armador pela esquerda, Éverton, cearense de Maranguape, nenhum dos atletas nasceu nas Alterosas. Para completar, apenas o camisa 1, há nove anos na Raposa, já defendeu o time celeste no Mineirão.

Nada disso, porém, impede os cruzeirenses de estarem por dentro da importância do jogo e também da rivalidade que envolve o maior clássico local. Afinal, trata-se de um confronto que extrapola, e muito, as montanhas.

"Sei que a atenção do Brasil inteiro estará voltada para cá. Então, procuramos nos manter focados a semana inteira, pois você faz no jogo aquilo que treina no dia a dia", tenta definir Ricardo Goulart, paulista de São José dos Campos, que se destacou atuando pelo Goiás no ano passado.

Um dos 13 contratados para esta temporada, ele foi escolhido por Marcelo Oliveira para substituir outro recém-chegado, Diego Souza, que não tem condições legais de atuar. Para se dar bem logo em seu primeiro clássico em Minas, ele tem a seu favor o fato de a Raposa atuar no 4-2-3-1, mesmo esquema utilizado pelo time goiano no ano passado.

Ao seu lado na armação, além do cearense Éverton estará outro paulista e também recém-contratado, Éverton Ribeiro, natural de Arujá. Já a lateral direita será ocupada por um jogador cujo apelido entrega a origem: Ceará, que nasceu no Crato. A zaga será composta por Bruno Rodrigo, paulista de Andradina, e o soteropolitano Paulão. Fechando a defesa está escalado o carioca Egídio. Os dois volantes serão Leandro Guerreiro, gaúcho de São Borja, e Nílton, nascido em Barra do Garças (MT).

Para o treinador celeste, esse tipo de situação está cada vez mais comum no futebol. "Nos últimos anos, os clubes aumentaram muito sua captação de talentos. Onde tem bom jogador, você tem de ir buscar. Mas o que importa não é de onde o atleta vem, mas, sim, o sentimento que ele traz. É preciso estar comprometido com o clube e aqui todos estão", garante Marcelo Oliveira, mineiro de Pedro Leopoldo.

BOM RETROSPECTO

Ainda que não tenham jogado o maior clássico de Minas, muitos atletas destacam que já atuaram no Mineirão. Outros, como o próprio Ricardo Goulart e Egídio, têm experiência de ter enfrentado o Atlético em Belo Horizonte recentemente. E, boa notícia para os cruzeirenses, levaram a melhor. Ambos ajudaram o Goiás a eliminar o time mineiro nas oitavas de final da Copa do Brasil de 2012 em pleno Independência lotado. "Sei que mudou muita coisa no Atlético desde então, mas é só fazer o simples para ser feliz", prega Ricardo Goulart.

TUDO PRONTO

Cruzeiro e Atlético encerraram na manhã de ontem a preparação para o clássico. Enquanto a equipe celeste foi conhecer o gramado do Mineirão, o time alvinegro, que havia feito o mesmo no dia anterior, treinou na Cidade do Galo. Em comum, o tipo de atividade: o rachão. Os jogadores confirmaram que a grama do Gigante da Pampulha está bem baixa. Os atleticanos aproveitaram para treinar faltas e pênaltis. E o Cruzeiro irá mesmo receber seu 14º reforço para 2013, o atacante Luan, ex-Palmeiras. Faltava o Verdão concretizar as negociações com os volantes Charles e Marcelo Oliveira, envolvidos na troca, o que ocorreu ontem. Luan chega segunda-feira. “Está tudo certo. É só chegar, passar por exames e assinar o contrato”, revelou ao site Superesportes o ex-volante e empresário de Luan, Magrão.

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