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CLÁSSICO

Falta de divisões entre setores no Mineirão gera caos na escolha dos assentos

Separação das alas é imaginária e muitos torcedores migraram para áreas mais nobres

postado em 03/02/2013 15:45 / atualizado em 04/02/2013 15:06

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press


O novo Mineirão está dividido em oito grandes setores que têm preços de ingressos distintos. Mas, ao menos neste jogo de inauguração, entre Cruzeiro e Atlético, pelo Campeonato Mineiro, a setorização no anel superior é “imaginária”. Não há qualquer isolamento entre os torcedores das diferentes alas, o que revoltou o público.

”Não dá para entender os valores diferentes de sócios se todo torcedor pode se sentar em qualquer lugar. Não há qualquer vantagem em pagar mais”, disse, indignada, a torcedora do Cruzeiro Fernanda Guimarães, sócia na categoria Tríplice Coroa, com pagamento mensal de R$ 200. “Muitos torcedores que pagam menos estão vindo para o setor mais caro”.

O espaço destinado aos cruzeirenses da mesma categoria de Fernanda Guimarães é o da antiga cadeira especial, perto das cabines de imprensa.

Os demais sócios do Cruzeiro pagam R$ 100 (categoria Brasileiro, atrás do gol), R$ 150 (categoria Libertadores, diante das cabines de imprensa). Já o associado da categoria Cruzeiro Sempre paga R$ 27,50 por mês e escolhe, antes de cada partida, o setor em que prefere assitir ao jogo.

Não apenas os sócios, mas os cruzeirenses que compraram as entradas nas bilheterias e os atleticanos tiveram circulação livre no anel superior.

O torcedor Ivonilton Souza, da categoria Libertadores (R$ 150), não retirou qualquer recibo na catraca ao entrar no Mineirão, como estava previsto pela Minas Arena. Segundo ele, a orientação dos funcionários da concessionária foi se sentar em qualquer lugar dentro do estádio. “Não tem ingresso marcado. Falaram que eu podia me sentar onde eu quisesse, e estou sentado aqui”, disse, referindo-se ao setor mais caro, dos sócios que pagam R$ 200.
Gilmar Laignier/Superesportes


Os irmãos Frederico Rodrigues, de 33 anos, e Felipe Miranda, de 10, não são sócios do Cruzeiro e compraram ingressos com lugares marcados. No entanto, os assentos não eram próximos. Temendo se perder do irmão, que é uma criança, Frederico mudou de lugar. “Como o Felipe tem só dez anos, estou aqui ao lado dele, perto do número da cadeira dele. Se chegar o dono da cadeira, eu converso. É o jeito”.

Mas houve quem se sentou no lugar marcado no ingresso. Foi o caso de Alexandre Moura, da cidade de Cláudio. “Comprei pela internet, sentei no meu lugar e estou gostando. Comigo tudo funcionou”.

O sócio e conselheiro do Cruzeiro, Ronaldo Assis Carvalho, reclamou muito foi da falta de informações na chegada ao estádio e também da abertura tardia dos portões. “Houve um tumulto muito grande para abrir o portão. Quando cheguei, as pessoas não tinham as informações corretas. O Ricardo Barra, da Minas Arena, pediu para a torcida chegar cedo, mas portões estavam fechados. A ordem da Minas Arena era ficar circulando de carro ao redor do estádio, já que não podia estacionar. Por causa disso, preferimos vir de táxi”. (UAI)

Paulo Filgueiras/EM/D.A Press

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