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Tempo para arrumar a casa

Minas Arena tem até 2 de março para corrigir problemas mostrados nos primeiros jogos

postado em 08/02/2013 09:12 / atualizado em 08/02/2013 09:15

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Depois dos dois primeiros testes, uma pausa para solucionar os problemas. Até a bola voltar a rolar, em 2 de março – data de Cruzeiro x Tombense, às 17h, pela 4ª rodada do Campeonato Mineiro –, a Minas Arena, responsável pela administração do Mineirão, tem 22 dias sem jogos para concluir os detalhes inacabados do novo estádio. Um dos problemas encontrados pelo torcida, a acessibilidade, continua na mira do Ministério Público (MP) e deve ser resolvido até março, sob pena de ação civil pública. O Estádio Independência passa por situação parecida.

Os MPs estadual e federal estabeleceram um prazo até 31 de março para que a concessionária resolva as pendências de acessibilidade no Gigante da Pampulha. Entre as pendências encontradas pelos órgãos em dezembro estão ausências de lugares suficientes para pessoas obesas e com mobilidade reduzida, assentos para acompanhantes e demarcação dos espaços reservados para cadeirantes. O prazo não poderá ser novamente prorrogado, alerta o promotor Rodrigo Filgueira, da Promotoria da Defesa da Pessoa com Deficiência da Capital. Segundo ele, se as medidas não forem cumpridas, o MP pode ajuizar ação civil pública contra a concessionária. “O tempo de intervalo dos jogos é suficiente para que eles façam a adaptação. Embora eles só estejam respondendo a nosso pedido por ofício, estou dando uma última chance”, apontou Filgueira.

A Minas Arena se defende afirmando que já atendeu parte das solicitações, como cabines preferenciais para venda de ingressos, piso podotátil no entorno e adaptação de rampas internas.

Além da acessibilidade, outros problemas foram sentidos nos dois primeiros jogos. Alguns, como falta de água, tanto para beber quanto nos banheiros, bares fechados, trânsito caótico, estacionamento com entrada bastante engarrafada e falta de luz, foram sentidos somente no primeiro jogo, no clássico entre Cruzeiro x Atlético, dia 3. Na segunda partida, quarta-feira, quando a Raposa venceu o América-TO por 2 a 0, alguns já haviam sidos sanados, outros parcialmente.

Mas a energia elétrica mais uma vez falhou. Pedaços de reboco caíram do teto e parafusos e pedaços de ferro foram encontrados entre as cadeiras, algumas, inclusive, quebradas. Além disso, ainda no quesito acessibilidade, na escada do estacionamento sul, que dá acesso à esplanada, existe um vão entre o piso e a lateral, e o local ainda não tem iluminação.

MÁ VONTADE Situação parecida vive o estádio Independência, embora o MP estadual afirme que na arena do Horto, a dimensão dos problemas seja maior que no Gigante da Pampulha. Segundo o promotor, caso a BWA não cumpra exigências como a instalação de sinalização e adequação de rampas, a concessionária pode ser alvo de ação civil pública até o fim de fevereiro. “O problema é que a equipe que gerencia lá não está tendo a mesma boa vontade dos administradores do Mineirão. O Independência é um estádio novo. É o fim da picada a equipe de engenharia e arquitetura não ter observado isso”, reclama o Filgueira.

Numa situação extrema, se os problemas não forem sanados e o juiz entender os argumentos da promotoria, os estádios podem ser interditados e as obras realizadas por terceiros. A BWA disse que só vai se pronunciar sobre o caso depois que receber a notificação do MP.

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