Futebol Nacional
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CAMPEONATO MINEIRO

Villa Nova espera ir longe

postado em 28/03/2013 08:30

A quarta-feira não poderia ter sido melhor para o Villa Nova. Em campo, todos os jogadores que estão à disposição do técnico Alexandre Barroso no Mineiro, o que lhe garante tranquilidade para escalar o time que pega o Cruzeiro sábado, às 18h30, no Castor Cifuentes, em Nova Lima. Destaque para o atacante Elias Oliveira, que chegou do Corinthians e pode entrar nos planos do treinador. Mas, neste primeiro momento, Barroso não deve fazer alteração. Ele espera apenas que o rendimento em alguns jogos fora de casa, como nos 2 a 0 sobre o Araxá, no Estádio Fausto Alvim, em Araxá, ou no 1 a 0 sobre o Tombense, em Tombos, seja repetido em seu estádio, que agora conta com bom gramado, pelo menos no visual, de 100m x 65m. “Jogamos muito nestas duas partidas”, diz o lateral Rodrigo Dias, revelado pelo Atlético.

O ambiente no Leão do Bonfim não poderia estar melhor. Barroso fez questão de preparar o time exatamente no horário em que será o jogo para que todos saibam como estará a iluminação. “Agradou”, adiantou o goleiro Thiago Braga, revelado pelo Cruzeiro. No grupo é marcante a presença de dois jogadores que o torcedor mineiro conhece bem: o volante Cléber Monteiro, que começou na Raposa e jogou nove anos na Europa (principalmente no futebol português, pelo Nacional, da Ilha da Madeira) e o armador Tchô, revelado pelo Atlético e que era uma das maiores promessas, pela qualidade técnica. Ficou três anos no Marítimo, de Portugal, voltou ano passado ao Brasil, para o Bragantino (SP), até acertar com o Villa.

“Estamos fazendo um belo campeonato porque aqui há comprometimento. É exatamente isso. Todos marcam, são solidários, correm e estamos com posições bem esclarecidas na cabeça. Queremos chegar às semifinais. E vamos. Esperem”, avisou Tchô. Para ele, o que faltou nos tempos de Atlético foi uma sequência: “Naquele período a cobrança era muito grande, mas tenho tempo ainda para crescer, e vou”. Ele quer marcar seu nome no Estadual e, a partir de junho, esperar uma chance em uma grande equipe brasileira: “Vai dar certo”.

TRABALHO Cléber Monteiro diz que o segredo do Villa Nova é o trabalho, o empenho de todos e a humildade: “Começamos apenas como mais um time e hoje todos sabem o que desejamos”. Ele e Tchô ajudam os mais jovens e são mensageiros de Barroso em campo. “Assim fica fácil e bom de trabalhar”, afirma o volante. Mas Barroso também tem sua dinâmica: “Entendo que é a boa gestão de pessoas, envolvendo os 29 jogadores e a comissão técnica”. Ele tem 19 anos de experiência e sabe o que quer: colocar o Villa entre os quatro. “A caminhada é longa. Principalmente quando se tem ainda pela frente um Cruzeiro, no sábado. É um jogo que será marcante, mas se vencermos, e podemos, além dos três pontos (o time chegará aos 18), todos vão saber que o Villa chegou.” Restará apenas mais um resultado positivo para matematicamente estar entre os quatro.

Barroso começou seu trabalho no Leão em dezembro. Praticamente todo o grupo é formado por jogadores que ele conhece bem: “Também é um fato que faz a diferença, porque indiquei quase todo o grupo”. Ele entrou no lugar de Reinaldo e pode-se dizer que comeu o pão que o diabo amassou, a começar pela pré-temporada, com treinos em campos sem gramados adequados. “Mas por essas e outras é que este trabalho tem valor. Não chegamos a nada, mas podemos muito”, espera.

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