Futebol Nacional
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UM MOMENTO NA HISTÓRIA

Traiçoeira Portuguesa, com certeza

postado em 18/07/2013 09:49

Arquivo/EM

No Campeonato Brasileiro de 1996, a Portuguesa eliminou o Atlético nas semifinais depois de ter passado pelo Cruzeiro nas quartas de final. Mas já em outras épocas ela havia aprontado para cima do Galo. Em 13 de julho de 1952, a equipe paulista veio a Belo Horizonte para um amistoso e venceu o alvinegro por 2 a 0, no Independência.

Dirigida pelo argentino Jim Lopes, a Lusa tinha um grande time, campeão do Torneio Rio-São Paulo um mês antes, em jogos decisivos diante do Vasco, base da Seleção Brasileira: venceu o primeiro por 4 a 2, em casa, e empatou o segundo por 2 a 2, no Maracanã. A Portuguesa havia cedido quatro jogadores ao escrete nacional, vencedor do Pan-Americano em abril, em Santiago (primeiro título do Brasil no exterior): o lateral-direito Djalma Santos, o volante Brandãozinho e os atacantes Julinho e Pinga. Em abril do ano anterior, ao atuar pela última vez na capital mineira, a equipe vencera os três grandes: América (4 a 1), Cruzeiro (4 a 3) e Atlético (2 a 1), conquistando um quadrangular.

“Excelente exibição técnica da Portuguesa frente ao Atlético” foi a manchete de Esportes do Estado de Minas em 15 de julho de 1952 (o jornal não circulava às segundas-feiras). “Com um trio final sólido, uma intermediária soberba, onde Ceci nada fica a dever aos seus famosos companheiros (Djalma) Santos e Brandãozinho, e uma ofensiva impressionante pela rapidez, harmonia e agressividade, o quadro visitante logrou oferecer ao público uma exibição verdadeiramente extraordinária”, elogiou o EM.

AJUDA O atacante Simão, aos 22min do primeiro tempo, abriu o placar. Pinga – cujo filho, Ziza, seria ponta-esquerda do Galo entre 1977 e 1979 – ampliou, aos 19min do segundo. O EM destacou ainda um lance inusitado no amistoso: caído na área, o atleticano Ubaldo levou um chute no rosto e teve dois dentes quebrados. Ainda assim, o árbitro paulista Francisco Khon Filho (trazido pela delegação visitante, como era costume então) deu apenas jogo perigoso. Os jogadores da Lusa fizeram a barreira em cima da linha de gol. Zé do Monte cobrou para Lêro, que chutou em cima do zagueiro Nena.

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