Futebol Nacional
None

UM MOMENTO NA HISTÓRIA

As recordações de Amauri Horta

Armador começou a carreira no América em 1959 e a encerrou em janeiro de 1972

postado em 14/02/2013 08:20 / atualizado em 14/02/2013 08:56

Arquivo/EM/D.A Pres
Depois de 14 anos dedicados ao futebol, o armador Amauri Horta encerrou a carreira em janeiro de 1972. O Estado de Minas de 13 de fevereiro dedicou uma página ao ex-jogador de América e Atlético, na qual ele próprio fez um relato, ano a ano, de sua carreira. Amauri começou a jogar em 1954, quando foi estudar no Colégio Arnaldo e formou uma equipe com Zuca, Dawson e Paulinho Japão. Quatro anos depois, foi levado ao América e, em 1959, conquistou o título juvenil com o técnico Biju. No ano seguinte, participou da excursão do Coelho à Europa e à Ásia.

Numa excursão à Argentina em 1961 quase foi vendido ao Newell’s Old Boys. Com o contrato de amador encerrado, recebeu proposta de Felício Brandi para jogar no Cruzeiro, mas preferiu continuar no América, em consideração ao diretor Fernando Alves, que o havia levado para o clube. O ano de 1963 começou com o título brasileiro pela Seleção Mineira. Antes mesmo da decisão, Amauri foi vendido ao Comercial, de Ribeirão Preto. Defendeu o time paulista até 1967, fazendo boas campanhas no estadual, como o quarto lugar em 1966, ao lado de Jair Bala.

Em abril de 1967, transferiu-se para o Atlético. Amauri Horta guarda boas e más lembranças de seu início no alvinegro. De positivo, a disputa contra o Botafogo na Taça Brasil. Depois de três grandes jogos (2 a 3 no Maracanã, 1 a 0 e 1 a 1 no Mineirão), o Galo se classificou para as quartas de final em sorteio. Mas no começo de 1968 a equipe perdeu o título mineiro depois de estar cinco pontos à frente do Cruzeiro.

Na sequência, os destaques foram a vitória sobre a Iugoslávia (3 a 2), em dezembro de 1968, e o empate com a Hungria (2 a 2), em janeiro de 1969. Em ambos os jogos, o Atlético perdia por 2 a 0 e Amauri deixou sua marca. Contra os iugoslavos, com a camisa da Seleção Brasileira, ao marcar o gol ele recebeu um beijo do técnico Yustrich, que invadira o campo. Em 1969, na vitória por 2 a 1 sobre a Seleção Brasileira, o armador também fez um gol.

RESERVA O ex-jogador define o ano de 1970 como “triste para mim”. Ele perdeu a posição no time do técnico Telê Santana. “Senti que havia uma indiferença comigo e quem me conhece sabe que eu gosto de saber no que estou errando para corrigir. Não tenho raiva nem mágoa dele”, declarou Amauri ao EM.

Em 1971, ele foi emprestado ao América e conquistou o título mineiro invicto. “Foi uma das grandes alegrias da minha vida”, definiu. A última de suas 158 partidas pelo clube (73 gols) foi o empate por 3 a 3 com o Racing, em 18 de janeiro. Uma semana depois, aos 29 anos, assumiu um cargo no gabinete do secretário de Estado da Fazenda, Fernando Reis. Em 1974, deixou a aposentadoria para defender o Esab no Campeonato Mineiro. Em 1997 e 1998, foi diretor de futebol do América.

Tags: atleticomg