De olho no psicológico

Arrumar a casa e cuidar do lado emocional dos jogadores, principalmente os que estão sendo mais vaiados pela torcida, como o goleiro Neneca, os laterais Leandro Silva e Wanderson, além do volante Leandro Ferreira. Os atacantes Williams e Fábio Júnior também não foram poupados no último jogo da equipe. Essa é a principal preocupação do técnico Paulo Comelli depois de o América ter iniciado a Série B com duas derrotas – Guaratinguetá (1 a 0) e Figueirense (4 a 2). Ele não admite outro fracasso no sábado, às 16h20, quando a equipe enfrenta o Palmeiras, no Estádio Novelli Júnior, em Itu, pela terceira rodada. O comandante aproveita para garantir que o time tem condições de repetir a atuação dos 3 a 0 sobre o Avaí, em Florianópolis, quando todos davam o Coelho como já eliminado da Copa do Brasil, depois de perder em casa por 1 a 0. Mas a equipe reagiu em grande estilo e conseguiu um resultado heroico.

É o mesmo que ele espera diante do Palmeiras, que tem 100% de aproveitamento na competição e é líder, depois das vitórias por 1 a 0 sobre o Atlético-GO e 3 a 0 sobre o ASA, em Arapiraca. O técnico tem certeza de que o lado psicológico está muito afetado, já que no Independência o América não conseguiu jogar um bom futebol, obtendo apenas dois resultados positivos na temporada: 1 a 0 na Caldense e 4 a 0 no Guarani, ambos ainda pelo Campeonato Mineiro. Mas para ele, os maiores erros são individuais, inconcebíveis, mesmo para um time em formação: “Perdemos para o Figueirense não por méritos do adversário, mas por nossas falhas. Erramos muito. Não podemos repetir tantos erros numa competição complicada. Não aceito mais um resultado como esse em casa, com tantas falhas”.

Para tanto, Comelli fará mudanças. É certo o retorno de Danilo na lateral-esquerda e há possibilidades também das estreias do zagueiro Gualberto, do volante Andrey e do armador Bady. Com os treinamentos de hoje e amanhã, a expectativa é de que o time tenha equilíbrio para começar a sua reação e não decepcionar tanto a torcida, como na terça-feira, quando muitos chegaram a gritar das arquibancadas: “Terceira Divisão”.