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Ex-sensação do Vitória, Willie projeta recomeço no América e promete gols para buscar Série A

Em entrevista ao Superesportes, atacante se diz animado em defender o Coelho

postado em 28/04/2015 09:57 / atualizado em 28/04/2015 10:28

Divulgação/EC Vitória

A passagem pelo América será um recomeço para o jovem Willie, de 21 anos. Sem espaço no Vitória, clube que detém seus direitos econômicos, o atacante vê a ida para o CT Lanna Drumond como grande chance de afirmação na carreira. “É um grande desafio”, diz o atleta, em entrevista ao Superesportes. O contrato com o Coelho valerá até o fim da Série B de 2015. Ousado, o jogador garante que o clube brigará por vaga na Série A, tal como fez no ano passado, quando ficou a um ponto do quarto colocado Avaí: 61 a 62. “Vou (a BH) firme e forte para ajudar o América a conquistar o acesso”. Vale lembrar que em 2014 a equipe alviverde perdeu seis pontos no STJD pela escalação irregular do lateral-esquerdo Eduardo. Não fosse a punição, o América teria terminado em terceiro e celebrado o retorno à elite nacional.

Rápido e dono de boa habilidade, Willie surgiu no profissional do Vitória no segundo semestre de 2012. Num jogo contra o próprio América, no Estádio Barradão, o velocista marcou dois gols no triunfo por 5 a 3, pela 35ª rodada da Série B do Brasileiro. No fim da temporada, o Leão comemorou o acesso à elite nacional.

Em 2013, a então promessa rubro-negra foi respirar os ares do Rio de Janeiro vestindo a camisa do Vasco. Em 18 partidas no Campeonato Brasileiro – seis como titular –, marcou cinco gols, sendo dois diante do Cruzeiro, no Mineirão, pela 17ª rodada. Na Copa do Brasil, anotou um tento em três apresentações, todas na condição de reserva. Ao término do contrato de empréstimo, o clube carioca acabou não pagando os R$ 6 milhões desejados pelo Vitória para adquirir os direitos econômicos do jogador.

Na temporada 2014, um dos quatro gols de Willie foi marcado na derrota do Vitória para o Atlético, por 3 a 2, em Salvador. O atacante espera que o retrospecto positivo contra os clubes mineiros sirva de exemplo para os demais confrontos. “Que os bons números se estendam para outros jogos e que o América seja ajudado na Série B e na Copa do Brasil”, projeta.

No bate-papo, Willie também comenta a breve passagem por Belo Horizonte – defendeu a equipe infantil do Cruzeiro, em 2007 –, a cirurgia no coração que o deixou temeroso quanto ao futuro no futebol e a breve passagem pela Seleção Brasileira Sub-20, em 2012.

Rafael Arruda/Superesportes

Bate-papo com Willie, reforço do América

Escolha pelo América

A expectativa é a melhor possível. Recebi outras propostas, mas escolhi o América por ser um time que eu sempre quis defender. Recebi uma proposta boa e estou encarando a oportunidade como grande desafio da minha carreira.

Projeto apresentado

O América sempre busca o acesso. Passaram-me um projeto novo que visa a recolocar o clube de um lugar que não deveria ter saído, que é a Primeira Divisão Nacional. Vou (para BH) com a cabeça de trabalhar bastante, firme e forte, para ajudar o América a conquistar o acesso.

Poucas chances no Vitória

Joguei pouco, pois não tive muitas oportunidades. Mas estou aqui. Trabalhando forte. Espero chegar num nível acima, adquirir ritmo de jogo e fazer muitos gols pelo América.

Concorrência no grupo

Por onde a gente passa, sempre há concorrência. Então temos que trabalhar, buscar espaço, e ver o que dá. Quem estiver melhor no momento, vai jogar. E eu espero ajudar o América.

Estilo de jogo

Sou um cara rápido que procura ajudar também na marcação. Na frente, tenho minhas jogadas de efeito e sempre estou à procura do gol, que é o principal.

Semelhança com Willians, ex-jogador do América?

Conheço-o da base do Vitória. Sei do perfil dele. É um excelente jogador, um baita profissional. Não digo que somos a mesma coisa, pois são personalidades diferentes. Mas o estilo de jogo é bem parecido.

Sorte contra clubes mineiros

Espero contribuir bastante. Marquei gols contra Cruzeiro, Atlético e América. Que os bons números se estendam para outros jogos e que o América seja ajudado na Série B e na Copa do Brasil.

Cidade de Belo Horizonte

Cidade boa para morar. Já morei aí quando fui da base do Cruzeiro, em 2007. Conheci um pouco, mas não fiquei muito tempo. Foram apenas quatro meses.

Passagem pelo Cruzeiro

Conheci Lucas Silva, Alisson, Mayke, Vinícius Araújo, Alex (zagueiro), Wallace. Joguei junto com todos eles.

Divulgação/CBF

Cirurgia no coração


Estou livre do problema, graças a Deus. Faço os exames com freqüência para averiguar tudo. Mas a cirurgia (para correção de uma arritmia cardíaca assintomática) foi feita há três anos, em 2012. Voltei a jogar futebol, que é o que faço de melhor na vida. Estou 100%.

Na hora é um susto. Então, a gente pensa logo que não vai poder mais fazer o que gosta, que é jogar futebol. Mas graças a Deus houve pessoas ao meu lado para me ajudar. Só eu sei o que passei neste período.

Passagem pela Seleção Brasileira Sub-20

Foi uma experiência única. Vários jogadores da minha idade querem ter. A minha foi um pouco conturbada por conta do problema no coração, mas achei boa. Espero um dia voltar à Seleção. Quem sabe a de base ou até mesmo a principal.

Nível de dificuldade da Série B

Dá para pensar em acesso. O América vem trabalhando bem nas últimas edições da Série B e, mesmo com as presenças de outras equipes qualificadas, tem que buscar o principal objetivo, que é o acesso. Tenho certeza que o clube vai com muita força para mudar o que foi feito no ano anterior. Se não vier o título, que venha pelo menos o acesso.

Afirmação na carreira

Com certeza será um recomeço na minha carreira. Estou esperando isso há muito tempo. Espero ter boa sequência de jogos no América para me firmar no clube.

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