O acesso sob as visões de integrantes do conselho de administração:
EULER ARAÚJO
Idade: 52
Profissão: gerente da Caixa Econômica Federal
Função no clube: departamento de futebol
Trabalho feito em 2015
Quando conversamos com o Givanildo, colocamos a condição de aproveitar a categoria de base em parceira com os experientes que permaneceram e outros que contratamos. Isso deu certo no América. Depois do Campeonato Mineiro, fomos monitorando o grupo e contratando de acordo com as posições mais carentes. Fomos pontuais nas reposições dos jogadores, porque nossa margem de erro é pequena. No decorrer da competição, se houvesse a necessidade, informamos que traríamos um ou dois. E isso ocorreu. Contratamos o Rodrigo Souza, do Cruzeiro, e o Pablo, do Atlético, ambos por empréstimo. O Rodrigo veio para suprir a carência de volantes. O Pablo veio com características de atuar pela beirada. Outro grande trabalho feito foi não deixar os atletas saírem do América (apenas Thiago Santos foi para o Palmeiras, que pagou o valor de R$ 1 milhão da multa rescisória). Com isso, não perdemos nosso conjunto.
Planejamento para 2016
Começa esta semana o nosso estudo orçamentário para 2016. Agora que temos o acesso, temos uma ideia do que faremos para 2016. Evidentemente, haverá um aumento, mas vamos continuar com commpromisso de manter salários em dia e a despesa dentro da receita. Essa política continua. Mas, por enquanto, ainda não estipulamos quanto gastaremos e quanto será arrecadado.
Como será o América no mercado
A primeira coisa que a gente fará é avaliar quem vai permanecer. Vamos fechar o grupo com esses atletas. Depois, passaremos para contratações pontuais. O que a gente quer é ter uma estrutura bem formada já no Campeonato Mineiro. Nossa intenção é conseguir formar 75% do grupo no Estadual.
O que será feito para evitar o efeito “bate e volta”
O que a gente tem que fazer, e vamos fazer, é planejar bem todo o ano. Temos umas coisas favoráveis em relação a outros anos. Uma comissão técnica – o Cláudio Prates está há muito tempo no América –, um treinador (Givanildo Oliveira) que conhece bem o clube, uma equipe excelente para dar o suporte e s jogadores de base que vão permanecer. Vamos tentar trabalhar para que as despesas não sejam maiores que as receitas, mas sem deixar de montar um time competitivo.
MARCO ANTÔNIO BATISTA
Idade: 49
Profissão: Engenheiro civil
Função no clube: administração
Trabalho feito em 2015
Nós não tínhamos a menor condição de manter a folha com um custo semelhante ao de 2014. Esse foi o primeiro ponto. O segundo ponto foi, no momento em que renovamos com o Givanildo Oliveira, determinar o aproveitamento de jogadores das categorias de base. Colocamos isso para ele, que ele pudesse fazer essa mescla com os atletas que foram contratados. Isso nos ajudou a manter uma média salarial equilibrada. Nós, em cima dessa redução de custo, conseguimos manter a folha em dia. Foi importante, porque conseguimos criar um ambiente aberto e transparente. Ao longo do ano, tivemos alguns momentos ruins: não nos classificamos para a semifinal do Campeonato Mineiro e tivemos alguns momentos difíceis no Brasileiro. Mas nada foi decidido de maneira precipitada. Não saímos contratando, não mudamos de técnico e acreditamos no trabalho do Givanildo. E o resultado foi a classificação para a Série A. Esses aspectos determinaram o nosso sucesso.
Planejamento para 2016
Nós ainda estamos montando. De domingo até hoje, fechamos uma proposta de orçamento para 2016. Não posso falar valores, porque ainda não há nada definido. Mas vamos apresentar, através do diretor administrativo Paulo Assis, a proposta de orçamento. Temos um cenário otimista, um mediano e um mais realista. Tudo será discutido: gasto com salários, outras despesas, patrocínios e demais receitas. A cota de TV, por exemplo, é estimada em R$ 20 milhões num cenário realista. Mas pode aumentar. Também podemos conseguir receitas melhores por meio dos nossos parceiros, pois estaremos na Série A, uma competição de maior visibilidade. Certo é que não vamos fazer loucuras e nem tampouco passar dos nossos limites.
Como será o América no mercado
Ainda não temos isso definido porque falta definir a parte orçamentária. Obviamente, a comissão técnica já faz mapeamento de jogadores para nos passar. E o América só contratará atletas para ter direito a algum percentual numa eventual transferência. Temos um departamento que análise que fica atento a tudo. Aí, quando tivermos nosso planejamento, vamos definir questões salariais, de tempos de contato, etc.
O que será feito para evitar o efeito “bate e volta”
É preciso ter paciência e persistência. Podemos ter limitações de recurso, mas não de conhecimento. Vamos fazer as contratações de acordo com o pensamento da nossa comissão técnica. Sabemos que não temos o direito de errar muito, pois o América, por ter menos receita que os demais concorrentes, precisa ser pontual ao extremo. Isso não nos enibe. Ao contrário, nos exige a ter atenção redobrada. As contratações precisam ser feitas com muito critério e atenção. O ano de 2015 fica como exemplo, pois aproveitamos quase todos os jogadores. Em 2016, o caminho é semelhante.