Futebol Nacional
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Ganhar até no grito

Domínio do espanhol entra nas lições do dia para os jogadores do Atlético decifrarem a catimba argentina. Ronaldinho será porta-voz no confronto de terça com o Arsenal

postado em 21/02/2013 08:42 / atualizado em 21/02/2013 09:24

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
A guerra contra a catimba argentina começou para os jogadores do Atlético. Na tentativa de ter domínio completo diante do Arsenal de Sarandí, terça-feira, no Estádio Júlio Grondona, pela segunda rodada da Copa Libertadores, o grupo se prepara para ir além das jogadas ensaiadas. Uma das táticas será conhecer melhor as expressões mais usadas em espanhol, já que o árbitro da partida, que será definido nesta quinta-feira em sorteio, também fala o idioma.

Nesse caso, o Galo recorrerá muito ao armador Ronaldinho para se comunicar durante o confronto. Ele atuou no Barcelona por cinco anos e será o porta-voz da equipe na Argentina. Mas o capitão Réver e o atacante Diego Tardelli também dominam a língua e ajudarão os companheiros a traduzir melhor o jogo. Outros que não são titulares no grupo darão seu ‘pitaco’: o lateral-direito Michel (ex-Almería-ESP) e o volante Rosinei (ex-América-MEX).

O zagueiro Réver foi dono da braçadeira de capitão pela Seleção Brasileira no Superclássico das Américas contra a Argentina, na Bombonera, em novembro. Naquela oportunidade, o árbitro foi o chileno Enrique Osses, mas o jogador não encontrou problemas com relação à pressão dos “hermanos”. Agora, ele espera que a situação seja a mesma. “Creio que o idioma não vai atrapalhar nossa maneira de entrar em campo. Aprendemos algumas palavras fundamentais, mas não podemos ficar em cima do árbitro”, afirmou. “A torcida adversária certamente fará seu papel, porque ela praticamente fica dentro campo no estádio deles. Não podemos perder a cabeça, senão as coisas se complicam na partida.”

Ronaldinho mostra-se solidário ao grupo, inclusive para ser o porta-voz. “No que for preciso, eu estarei pronto para ajudar. Faremos de tudo para buscar a vitória”. Diego Tardelli também poderá minimizar a catimba dos argentinos, já que também conhece os segredos do espanhol por ter atuado no Bétis entre 2005 e 2006.

Michel, que não deve ser relacionado para este duelo, disse que ainda não deu dicas de espanhol para os colegas, mas fará o possível para que o significado das principais expressões esteja ao alcance dos jogadores. “O espanhol da Espanha é um pouco diferente do falado na Argentina. Mas as palavras no futebol são as mesmas. Tem o cierca, que é o cerca para nós, na hora de marcar. Já a catimba não tem uma tradução exata”.

Para o volante Pierre, não há dificuldades na comunicação com a arbitragem. “A gente costuma entender bem, pois temos expressões do futebol que são universais, como o ‘pega’. Mas se tiver algo mais complexo ou mesmo a necessidade de se comunicar com o árbitro, deixo para o Ronaldinho ou o Rosinei, que entendem bem do espanhol”, brinca o jogador.

GRAMADO
Outra preocupação do Galo é o gramado do Estádio Júlio Grondona, diferente dos pisos do Mineirão e do Independência, mais duro e pesado. Os jogadores farão um único treino na Argentina na segunda-feira à noite justamente para conhecer as condições do palco da partida.

RESERVAS GOLEIAM
Enquanto os titulares ficaram na academia recuperando as energias, os reservas do Atlético golearam nessa quarta-feira por 4 a 0 o Progresso, de Angola, na Cidade do Galo. Os gols foram de Alecsandro, Luan (2) e Carlos César. Ronaldinho Gaúcho apareceu para assistir ao primeiro tempo do jogo-treino e bateu papo com os dirigentes do clube angolano, que faz pré-temporada em Belo Horizonte pela segunda vez. O goleiro Victor foi liberado da atividade regenerativa por estar gripado. Já o atacante Araújo deixou o campo mais cedo por causa de dor muscular, mas não preocupa o departamento médico.