Futebol Nacional
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Vitória movida a tropeiro

Massa alvinegra volta a fazer a sua parte e colore o Independência. Muitos vieram do interior para acompanhar a exibição do time, com prato tradicional como atração

postado em 08/03/2013 08:58 / atualizado em 08/03/2013 09:03

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Foi só a mascote do Galo entrar em campo, faltando 15 minutos para começar o jogo, levando a bandeira e a ficando no centro do gramado para que se ouvisse ontem à noite o primeiro e real grito da massa no Independência: “Eh, ô, ô, Galôô”. A confiança era total em mais um resultado positivo para manter os 100% de aproveitamento em sua casa. Os atleticanos não mediram esforços para que pudessem, mais uma vez, dar o seu grito de confiança. Francisco Assis Rosa de Mello, de 41 anos, saiu de São Gotardo, distante 300 quilômetros de capital, só para mais uma vez, com orgulho, poder dizer para os amigos: “Eu estava lá”.

Saiu no começo da tarde de sua cidade, de carro, pouco importando com a bronca de sua mulher: “Claro que ela não queria que eu viesse, mas estou aqui. Fui a Buenos Aires, para o jogo contra o Arsenal e voltei ainda mais confiante. Mas é importante eu destacar que fomos muito bem tratados lá, melhor do que em muitos jogos no Rio, São Paulo e outros estados”. Com 140 quilos, Chiquinho Rosa, como é conhecido, lembrou de 1999: “Eu estava no Barradão, quando perdemos o primeiro jogo para o Vitória, e fiquei lá para o segundo. Fizemos 3 a 0 e voltamos com a vaga na final do Brasileiro. Para o Galo, tudo. Estou sentindo que 2013 é o nosso ano”.

Valeu a pena o esforço dele e de outros. Quando o time entrou ao som do hino, com fogos de artifício, proporciou um dos mais belos espetáculos nos 62 anos de existência do estádio, inaugurado com a Copa do Mundo de 1950. O céu estava cheio de estrelas. Ficou colorido de vermelho, verde e amarelo. A bola rolou e Gustavo Caram, de 39 anos, de Brumadinho, não se conteve: “Nosso time está jogando fácil, bonito. Aqui é a nossa casa, aqui a gente faz ferver”. Lembrou-se do Mineirão, do tropeiro de lá e depois de saborear pela primeira vez o do Independência não hesitou: “Vim aqui pelo Galo, mas também por este tropeiro. O do Mineirão era melhor, com ovo frito. O daqui parece que foi esquentado em micro-ondas”.

Faltou a cerveja As torcedoras Joana Werneck e Margareth Freitas também confirmaram que o tropeiro do Mineirão tem o seu sabor especial: “Mas o daqui não está ruim. Dá para comer”. Foram 1.500 no total ao preço de R$11. À medida que os torcedores Galo na Veia foram chegando e se direcionaram ao bar 7, lá encontravam a tradicional comida mineira. “Gostei”, assegurou o estudante Roberto Felicio Nascimento. Mas Gustavo Caram reclamou da cerveja: “Tropeiro tem de ter uma cerveja, como uma Coca-Cola exige uma pipoca”.