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Bolivianos reafirmam paixão pelo futebol, mas admitem inferioridade internacional

postado em 11/03/2013 11:14 / atualizado em 11/03/2013 11:25

Roger Dias EM DA PRESS
Roger Dias
Enviado especial - La Paz


No clima frio de La Paz, com temperatura inferior a 10ºC, os primeiros bolivianos saem às ruas para trabalhar antes mesmo de o dia clarear. O comércio é a principal fonte de renda de uma população trabalhadora que, em sua maioria, recebe o salário mínimo: 850 bolivianos ou R$ 300. A paixão do povo é o futebol, mesmo sabendo que as equipes do país não se destacam internacionalmente.

Adversário do Atlético nesta quarta-feira, o Strongest divide a preferência dos torcedores com o arquirrival, Bolívar. São cerca de 300 mil fãs para cada lado, deixando os clássicos locais ainda mais acirrados. Mas na Bolívia há também outras duas equipes fortes: o Oriente Petrolero, de Santa Cruz de la Sierra e o Real Potosí, de Potosí, ambos com participação na Copa Libertadores.

O vendedor Felix Chogue, de 70 anos, é torcedor do Strongest, que é conhecido como Tigre. Ele é dono de uma banca de produtos eletrônicos no centro de La Paz e, mesmo em horário de trabalho, acompanha os noticiários do time. “A equipe é forte aqui na Bolívia, mas não consegue enfrentar outros times. Hoje não temos tantos talentos como antigamente. Antes havia Flacor e Ramires para nos alegrar”, lamenta.

Já o artesão Gerardo Lopez, de 45, prefere o Bolívar, mas disse que vai torcer para o Galo. “É um time muito forte, um dos melhores que já vi. O Tigre não vai conseguir segurá-los”.

Proprietária de uma loja de materiais esportivos, Maria Esther Clavijo, de 50 anos, disse que é fanática pelo Strongest. Tem até um cartão semelhante ao sócio-torcedor que lhe dá direito de assistir às partidas sem enfrentar filas. “Acredito que o time precisa de uma reformulação, sobretudo na zaga para encarar o Ronaldinho, que é um gênio. Mas acho que podemos vencer”.

Tags: bolivianos futebol admitem inferioridade internacional