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REFORÇO

Aos 33 anos, Josué garante motivação alta e quer marcar nome no Galo com títulos

Acertado com o Atlético, volante estava no Wolfsburg, da Alemanha, desde 2007

postado em 21/03/2013 17:10 / atualizado em 21/03/2013 19:05

REUTERS/Morris Mac Matzen

Experiente, Josué chega para compor um elenco já considerado competitivo. O volante não quer saber de acomodação no Atlético. Aos 33 anos, ele garante motivação elevada para lutar por conquistas. “Se não voltasse agora, não adiantaria voltar com 36, 37 anos e, às vezes, não corresponder à altura”, disse, em entrevista ao Superesportes.

Revelado pelo Porto de Caruaru, Josué se destacou pelos clubes pelos quais jogou. Sob o comando justamente de Cuca, integrou o time do Goiás de 2003, que teve reação incrível no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Já no São Paulo, conquistou a Taça Libertadores (2005), o Mundial de Clubes da Fifa (2005) e, por duas vezes, o Campeonato Brasileiro (2006 e 2007). Contratado pelo Wolfsburg, da Alemanha, em 2007, se tornou capitão da equipe e foi campeão alemão (2008/09).

Josué quer repetir a dose e entrar para a história também do Atlético. O volante acertou contrato até o fim de 2014: “A única forma de você deixar seu nome marcado no clube é conquistando títulos.”

A apresentação no Atlético está prevista para a próxima semana. Josué se diz em condições de chegar e jogar. Porém, na Copa Libertadores, o meio-campista só poderá estrear nas oitavas de final, uma vez que as inscrições para a fase de grupos já terminaram. Dono da melhor campanha até agora, o Galo já está classificado às oitavas no torneio internacional. Até lá, o volante terá a oportunidade de se entrosar com os novos companheiros na disputa do Campeonato Mineiro.

Confira a entrevista exclusiva com o novo reforço do Galo:

REUTERS/Christian Charisius
Negociação com o Atlético

“Por ter jogado com muitos jogadores do Atlético, por ter trabalhado com o Cuca, a gente começou a conversar e surgiu a possibilidade de um possível retorno para o Brasil. Estou satisfeito e tomara que dê tudo certo nos exames, na apresentação e que as coisas corram bem”

Volta ao Brasil

“Foi uma série de coisas. Primeiro, sempre falei que um dia iria voltar para o Brasil para jogar. Sempre se falava muito no São Paulo e no próprio Goiás, uma das equipes que comecei. Por questão de estar com 33 anos, acho que é a idade certa de voltar, uma idade bacana. Também por querer estar perto da minha família, dos meus pais. Ia chegar uma hora que eu teria de voltar. Se não voltasse agora, não adiantaria voltar com 36, 37 anos e, às vezes, não corresponder à altura. Estou com uma idade bacana, com experiência, com muita vontade de jogar. E pela oportunidade de defender o Atlético, porque é uma equipe que está bem, é uma das melhores do Brasil, está em um momento muito bom, e tem pessoas que confiam em mim”

Ouça trecho da entrevista


Marcar nome no Galo

“A disputa existe, mas eu não estou indo para tirar o lugar de ninguém. Estou indo para contribuir, ajudar para que o Atlético possa ser uma equipe vencedora, como está sendo, e conquistar títulos. A única forma de você deixar seu nome marcado no clube é conquistando títulos. O Atlético é uma equipe forte. Foi uma oportunidade muito interessante e não pensei duas vezes”

Ouça trecho da entrevista


REUTERS/Rickey Rogers
Disputa por posição

“É uma disputa saudável, como toda equipe tem. No Atlético, não é diferente, não é porque eu estou chegando. Tem em outras funções também tem a concorrência. Isso é em prol do grupo. Quando existe concorrência é dor de cabeça para o treinador e o grupo sai vencendo”

Passagem pela Alemanha

“Sempre deixei bem claro, quando jogava no Brasil, que eu tinha o sonho de jogar fora do país. Por estar na Seleção, em um momento muito bom, defendendo o São Paulo em um momento muito bacana, quando conquistamos muitas coisas, acabei me transferindo para o futebol alemão, onde minha adaptação foi bem tranquila, me adaptei muito rápido, adquiri a confiança do treinador, no segundo ano me tornei capitão da equipe, e a gente conseguiu ser campeão do campeonato alemão. Valeu de muita experiência, fiz muitos amigos, adquiri uma certa experiência no futebol europeu, tive a oportunidade de jogar a Champions League e a Uefa. Acrescentou muito na minha vida, a qualidade de vida, a cultura. Foram seis anos da minha vida, mas que contribuíram muito”

Ouça trecho da entrevista


Pronto para jogar

“Eu vinha jogando aqui, joguei, no último final de semana, 80 minutos da partida. Estou pronto. Lógico que vai depender muito do Cuca, a gente vai conversar e ver qual a melhor decisão a ser tomada”

Chegada prevista para semana que vem

“Estou dependendo de algumas coisas aqui. Uma mudança dentro do Brasil já exige uma correria muito grande. Quando você mora seis anos aqui, você precisa de tempo para poder organizar as coisas. Essa é uma pergunta que não vou poder responder”

AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA
Trabalhar novamente com Cuca

“O Cuca é um grande treinador, tive a oportunidade de jogar com ele em 2003, no Goiás. É um cara que tem uma filosofia de trabalho muito bacana, muito inteligente, um entendedor nato do futebol. Não é à toa que passou por grandes equipes do futebol brasileiro. Está fazendo seu trabalho no Atlético de uma forma excepcional, dando sua parcela de contribuição para que o Atlético, no momento, seja tão forte, uma equipe tão bem organizada”

Jogar ao lado de Ronaldinho

“Tive a oportunidade de jogar com Ronaldinho na Seleção Brasileira. Só quem conhece mesmo pode falar, porque, independentemente do jogador que é, é de uma humildade incrível, procura sempre ajudar os outros. Dentro de campo, não precisa nem falar. É uma qualidade incrível”

Ouça trecho da entrevista

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