Futebol Nacional
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CAMPEONATO MINEIRO

Galo é 10

Com time misto, Atlético chega à décima vitória seguida na temporada, derrotando o Nacional em Patos de Minas. Equipe faz a festa na cidade e segue na cola do Cruzeiro

postado em 25/03/2013 08:00 / atualizado em 25/03/2013 09:04

Ramon Lisboa/EM/D.A Press
Patos de Minas – A recepção, ao chegar a Patos de Minas, já sinalizava que o Atlético, visitante, seria o dono do terreiro. Festa, tietagem, buzinaço e fogos de artifício. Duas horas antes de a bola rolar, as cores preto e branca já tomavam as arquibancadas do Estádio Bernardo Rubinger Queiroz. Um cenário perfeito para que o Atlético, apoiado por uma apaixonada torcida, vencesse o Nacional pela sétima rodada do Campeonato Mineiro’2013. E venceu. O triunfo por 3 a 1 foi a décima vitória seguida do Galo na temporada e o mantém na cola do Cruzeiro no Estadual. Presente antecipado para os 105 do clube, que serão completados hoje.

Depois do primeiro tempo morno e sem gols, o Galo abriu o placar no início da segunda etapa e, contando com boa exibição de Guilherme (que saiu do banco de reservas), Bernard e Alecsandro. Se não foi um primor de jogo, certamente entrará para a história da cidade. Havia na arquibancada imensa maioria alvinegra, além de muitos torcedores neutros, que foram a campo pela simples curiosidade de ver o Atlético em ação, já que URT e Mamoré, os clubes do município de cerca de 140 mil habitantes, na Região do Alto Paranaíba, estão fora da Primeira Divisão.

Sócio-torcedor do Mamoré e atleticano, o engenheiro–agrônomo Geraldo Coimbra, de 48 anos, aproveitou a chance para levar o filho Matheus, de 9 anos, e o amigo Kauan para ver o time do coração de perto. “O povo de Patos de Minas é apaixonado por futebol e, como não havia jogo de Primeira Divisão aqui fazia uns 10 anos, o de hoje (ontem) mobilizou toda a região", comentou. Geraldo ficou bastante feliz em ver o estádio lotado. “É bacana ver nosso estádio lotado e trazer a família. Nos jogos do Mamoré conseguimos reunir um público de 5 mil pessoas”, aponta.

O comerciante Gleudo Fonseca, de 48, também chegou embalado pela chance de acompanhar o confronto, embora afirmasse não ser fã de ídolos alvinegros como Bernard e Diego Tardelli. “Vim só para ver o jogo, torço para o Flamengo”, revelou. Apesar de residir em Patos, ele nem sabia que o Búfalo havia se transferido para a cidade, em janeiro, após a ruptura com Nova Serrana. “Ele veio mesmo para cá? Nem sabia disso. Para mim, o Nacional era de Belo Horizonte.”

O duelo começou bastante disputado, com o Galo pressionando e o Búfalo resistindo. Mas o primeiro cartão da partida forçou o Nacional a passar a jogar com 10 em campo: Kanu deu uma entrada por trás em Bernard e foi expulso. Mesmo com um jogador a mais e domínio completo, faltavam triangulações e infiltrações do alvinegro. O time não conseguia traduzir essas vantagens em chance de gol. Na primeira fase, a melhor delas ocorreu aos 15min, com Tardelli acertando o travessão num chute de fora da área após passe de Luan. Alecsandro foi responsável por mais uma das raras oportunidades. Os anfitriões, por sua vez, tentavam bolas longas, sem sucesso.

O segundo tempo começou com Guilherme no lugar de Luan. A melhor parte da festa estava por vir. Aproveitando rebote de bola chutada por Richarlyson, o atacante abriu o placar aos 3min, encaixando no ângulo, de pé esquerdo. Fragilizado, o Nacional tinha capacidade limitada para reagir, mas se aproveitou de uma falha da defesa atleticana. Num erro de passe, Marcinho invadiu a área, parou em Victor, mas pegou a sobra e serviu o atacante Caleb, que empurrou para as redes: 1 a 1.

ALTERAÇÕES Cuca promoveu mais duas mudanças no time – Ronaldinho, Jô, Júnior César e Marcos Rocha haviam sido poupados –, com as entradas do lateral-direito Michel e do armador Morais. O volume de jogo aumentou. Aos 36min, Bernard levou a torcida à loucura ao marcar o segundo gol do Atlético: ele achou o canto esquerdo de Rodrigo Posso, depois de Guilherme enfiar bola para Alecsandro e ela sobrar para o baixinho na dividida com o beque. Nos descontos, lançamento de Pierre para Bernard na área e tabelinha com Alecsandro, que limpou o defensor e empurrou para o gol. A festa estava completa.

Nacional 1 X Atlético 3

Nacional
Rodrigo Posso; Luisinho (André), Cláudio Luis e Luizão; Wandersom, Thiago Santos, Marcão e Mancuso (Alex Maranhão); Caleb, Vanderlei (Marcinho) e Kanu
Técnico: Alexandre Grasseli

Atlético
Victor; Carlos César (Michel), Leonardo Silva, Réver e Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete (Morais), Diego Tardelli, Luan (Guilherme) e Bernard; Alecsandro
Técnico: Cuca

Estádio: Bernardo Rubinger Queiroz
Gols: Guilherme (3 do 2º), Caleb (13 do 2º), Bernard (36 do 2º) e Alecsandro (49 do 2º)
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira
Assistentes: Celso Luiz da Silva e Ricardo Vieira Rodrigues
Cartão amarelo: Mancuso (Nacional) e Guilherme, Leonardo Silva, Pierre e Rever (Atlético)
Cartão vermelho: Kanu (Nacional)

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