Convocados por Mano Menezes, o goleiro Victor, o lateral Marcos Rocha, os zagueiros Leonardo Silva e Réver, o armador Ronaldinho Gaúcho e os atacantes Diego Tardelli e Bernard vivem agora a expectativa de serem lembrados pelo técnico Luiz Felipe Scolari. É a chance de buscar espaço no grupo que disputará a Copa das Confederações, em julho, em território brasileiro.
A lista pode causar até “concorrência” dentro do próprio grupo atleticano, já que o treinador canarinho antecipou que chamará no máximo dois atletas por equipe para não prejudicá-las nos estaduais. Principal nome do Galo na Libertadores, Ronaldinho Gaúcho é considerado praticamente certo na viagem à Bolívia, embora tenha sido criticado na derrota para Inglaterra por 2 a 1, em Wembley, em 6 de fevereiro, quando desperdiçou um pênalti. Com isso, os demais teriam de brigar pela outra vaga.
O goleiro Victor esteve nos amistosos contra Iraque e Japão, no ano passado, e entende que é necessário estar sempre em alta para ser chamado novamente. “Estou satisfeito com o meu trabalho e espero a cada dia evoluir, sempre procurando melhorar, porque não se pode ficar estagnado. Um jogador é convocado quando está bem no seu clube e espero fazer o melhor para ser chamado”. Presença constante na Seleção nos tempos em que Dunga era o treinador, o goleiro acabou não tendo muitas oportunidades com Mano. Suas chances estão maiores porque o corintiano Cássio se recupera de lesão no quadril e dificilmente estará apto a tempo de enfrentar os bolivianos.
Já o atacante Diego Tardelli admite que um de seus objetivos no retorno ao Galo é recuperar espaço com a camisa verde-amarela. Com cinco gols em 10 partidas pelo Galo em 2013, ele está confiante de que a meta será alcançada: “Esperança eu sempre tenho, estou lutando para isso e trabalhando para isso. Para chegar à Seleção, dependeria muito de mim, mas creio que estou fazendo por onde. Não sou eu que estou falando e sim o pessoal do lado de fora, profissionais que veem as coisas de forma diferente. Então, estou na expectativa de ver essa convocação próxima”.
O camisa 9 voltou ao Atlético em fevereiro, contratado do Al-Gharafa, do Catar, e foi lembrado pela última vez em agosto de 2010, na primeira convocação de Mano Menezes para amistoso contra os Estados Unidos. Para o atacante, o fato de Felipão ter a pretensão de chamar dois jogadores por clube não diminui a motivação: “Estou tranquilo, porque se vier a convocação, estarei feliz. Mesmo assim, estarei torcendo para meus companheiros, como o Réver e o Bernard, e também torcemos pela volta do Ronaldo”.
VALORIZAÇÃO Campeão do Superclássico das Américas no ano passado, Bernard tem um importante aliado para vestir a amarelinha: o técnico Cuca, que conversou com Felipão depois da goleada do alvinegro sobre o Arsenal de Sarandí por 5 a 2, em Avellaneda, para falar sobre o jovem – ele marcou três vezes naquele jogo. “O Bernard faz parte do projeto do Felipão. Não sei se é para agora. Ele já o acompanha há muito tempo”, disse o treinador atleticano na época, certo de que o prata da casa será recompensado pela regularidade desde o vice-campeonato alvinegro no ano passado.
Marcos Rocha e Leonardo Silva foram chamados para a Seleção pela primeira vez contra a Argentina e apostam na manutenção da boa fase para que possam ser lembrados novamente. No dia seguinte ao amistoso contra a Bolívia, o Galo pegará o Boa, no Independência, e quem for convocado desfalcará a equipe no Estadual.
MEMÓRIA
A chance que faltava
Se o jogo contra a Bolívia se torna importante para os jogadores atleticanos que sonham estar na lista da Copa das Confederações, foi em amistosos aparentemente inexpressivos que o zagueiro Anderson Polga, os volantes Gilberto Silva e Kléberson e o armador Kaká ganharam espaço no grupo que seria pentacampeão em 2002, na Coreia do Sul e no Japão. O quarteto foi testado nos 6 a 0 contra a Bolívia, no 1 a 0 sobre a Arábia Saudita e nos 6 a 1 contra a Islândia, no primeiro semestre daquele ano, e agradou ao técnico Luiz Felipe Scolari. Em 1994, o jovem Ronaldo (como Viola) aproveitou sua única chance, na goleada sobre a Islândia por 3 a 0, na Ressacada, e conquistou espaço no grupo que conquistou o tetra nos EUA com Carlos Alberto Parreira.
O ADVERSÁRIO
Animação na Zona da Mata
O Tupi chegou pela primeira vez ao grupo dos quatro primeiros do Mineiro com a vitória sobre o América-TO por 2 a 1, em Juiz de Fora, e agora espera dar sequência ao crescimento com os três pontos diante do Atlético, no Independência. O técnico Felipe Surian cobra concentração total para que o time da Zona da Mata garanta uma das vagas às semifinais, a exemplo da temporada passada. “Chegar ao G-4 faltando apenas quatro jogos para o fim da primeira fase traz mais responsabilidade, pois teremos grandes adversários pela frente. É muito importante manter o foco e trabalhar intensamente para conquistarmos a vaga na semifinal”, ressaltou o treinador. O Galo Carijó ainda vai enfrentar Araxá e Cruzeiro, ambos em casa, e Tombense, no clássico da região, em Tombos.
E MAIS...
Visita
A comissão técnica e os jogadores do Atlético estiveram ontem à tarde no Centro de Formação e Experimentação Digital Plug Minas, projeto do governo do estado dedicado à inserção social de jovens entre 14 e 24 anos, que estudam em escolas públicas de BH e Região Metropolitana, ou que se formaram na rede pública de Minas. O grupo alvinegro foi recebido com entusiasmo – Ronaldinho Gaúcho foi o mais exaltado – e respondeu às perguntas dos adolescentes, que também receberam brindes do clube.
Josué aguarda oportunidade
O Atlético terá dois desfalques para pegar o Tupi, já que o zagueiro Leonardo Silva e o volante Pierre levaram o terceiro cartão amarelo. Cuca confirmou que Gilberto Silva vai compor a zaga com Réver e Josué pode estrear. Ele já está regularizado no Boletim Informativo Diário (CBF).