O confronto com o Gavião-carcará estava marcado para o Independência, mas foi alterado para o Estádio Almeidão por determinação do TJD-MG. O presidente do Tombense, Lane Gaviolle, entrou com recurso ontem à tarde e este será julgado até hoje. Mesmo que não haja o tempo necessário previsto no regulamento, o clube tentará mudar a partida para o Estádio Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora, segunda opção do alvirrubro. Mandar o jogo em BH representaria mais renda e dinheiro aos cofres do clube, que recentemente subiu para a Primeira Divisão estadual e conta com um orçamento de apenas R$ 700 mil para o Estadual.
Enquanto isso, o departamento jurídico do Atlético prefere não se envolver no caso por entender que a equipe não é mandante. Já os jogadores lamentam o que consideram “falta bom senso” na decisão judicial: “Lamentável acontecer esse tipo de coisa no futebol. Os clubes chegaram ao acordo e ocorrem situações de fora que mudam tudo. Agora, não será bom para ninguém. Estádio vazio, pequeno e o gramado ruim aumentarão nossas dificuldades. A gente vai se preparar da mesma forma. Acaba mexendo um pouco na programação, mas temos de seguir com a mesma motivação”, afirma o goleiro Victor.
A preocupação da mudança de local da partida pelo Mineiro é maior ainda porque o Galo terá outro jogo decisivo na quinta-feira, no Morumbi, diante do São Paulo, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. O retorno de Tombos está previsto para a manhã de domingo. Na segunda-feira começam os preparativos visando ao duelo com o tricolor paulista.
Victor diz que um dos desafios do grupo alvinegro é saber separar o foco das duas competições, uma vez que o objetivo é ter êxito em ambas: “Temos que entrar em campo exclusivamente pensando no Campeonato Mineiro e nesse duelo com o Tombense. É um jogo decisivo e importante para nossas pretensões no Estadual. Depois precisamos pensar no São Paulo. Teremos uma semana importante para descansar e nos recuperar fisicamente até a viagem para São Paulo. Precisamos dar ênfase às duas partidas de forma igual”.
TREINO
O atacante Bernard voltou a treinar com bola depois de três semanas. Ele participou do treino tático orientado por Cuca ontem à tarde, na Cidade do Galo, que durou cerca de uma hora. Usando uma proteção para o ombro esquerdo, o prata da casa deu chutes a gol, passes e até caiu no chão ao dividir a bola com o zagueiro Leonardo Silva. Como sequência na recuperação, o jogador fez exercícios físicos na academia.
O centroavante Jô afirma que o time alvinegro fica mais encorpado com a volta de Diego Tardelli e Bernard à equipe. “São dois jogadores técnicos e inteligentes. A forma de jogar não muda e sim a técnica, já que ambos tem estilos diferentes daqueles que vêm entrando na equipe.” Os jogadores voltam aos trabalhos hoje à tarde, na Cidade do Galo. Amanhã, o treino será pela manhã.
COM 58% DA RENDA
O Atlético teve uma receita líquida de R$ 844.626,50 no jogo de domingo com o Villa Nova, no Mineirão, a partir de uma renda de R$ 1.434.050. Desta forma, o clube ficou com 58,8% do total, de acordo com o borderô da partida, divulgado ontem pela Federação Mineira de Futebol. O saldo líquido da partida, que deduz penhora de 15% destinada à Justiça trabalhista mais o programa de sócio-torcedor, é de R$ 672.506,15. Na segunda-feira, o presidente do clube, Alexandre Kalil, havia se manifestado qualificou como “um absurdo” o valor que era destinado à Minas Arena, concessionária do estádio. Ele reafirmou que, nas atuais condições, o Atlético só joga no Mineirão “em último caso”.
R$ 844.626,50
Foi o valor destinado ao Atlético da renda na partida com o Villa Nova, no Mineirão