Futebol Nacional
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Agora, é cumprir tabela

Com vitória por 2 a 0 na casa do Tombense, só um desastre afasta o Galo da decisão do Campeonato Mineiro e da luta pelo bi. Parada agora é contra São Paulo, pela Libertadores

postado em 28/04/2013 08:27

(Ramon Lisboa/EM/D. A Press)

Criou-se uma enorme expectativa para o primeiro jogo das semifinais entre Atlético e Tombense por motivos óbvios. Os dirigentes tentaram inicialmente que ele fosse disputado no Independência, onde a renda poderia proporcionar mais de R$ 500 mil ao mandante, que se sacrificou para disputar pela primeira vez o Campeonato Mineiro. Sem sucesso, tentaram a transferência para Juiz de Fora, com nova frustração.

Resultado: a partida foi mesmo em Tombos, com arrecadação de apenas R$ 95.780, não devendo sobrar nem R$ 50 mil para os donos da casa. Para complicar, eles foram de certa forma presa fácil para o Galo, que venceu por 2 a 0 e só perde a vaga na decisão do Estadual com impensável derrota por mais de dois gols de diferença domingo, no Horto. O alvinegro se consolida, portanto, na luta pelo bi.

O Atlético também vive seu momento de pressão para quem começou de uma forma exuberante a fase de grupos da Copa Libertadores – foi o melhor no geral, mas perdeu a última partida por 2 a 0 para o São Paulo. Em seguida, foi derrotado pela Caldense por 2 a 1, em Poços de Caldas, pelo Mineiro. Ainda ficaram algumas dúvidas depois da vitória por 2 a 1 sobre o Villa Nova, mas a promessa era de que, com a volta de Diego Tardelli e Bernard, a evolução seria nítida. Ontem, mesmo sem Ronaldinho Gaúcho, a esperança era de que o Galo voltasse a mostrar seu poder de fogo. Mas não foi bem o que se viu no Almeidão.

Antes do jogo, houve a bela e tocante homenagem ao jogador Marquinhos Galhardo, morto na terça-feira em acidente de carro, quando viajava de Itaperuna (RJ) para Tombos. Seus companheiros desfilaram com uma faixa: “O anjo agora vai brilhar nos campos do céu”. Toda a torcida se levantou e aplaudiu.

DA ESPERANÇA AO DESÂNIMO

O Tombense entrou em campo com status de time que sonha alto. Afinal, pela primeira vez na história um time no seu primeiro ano depois do acesso no futebol mineiro tem chances de disputar o título. E havia um clima muito bom para o jogo. Mas, quando o torcedor local percebeu que não veria o sucesso sonhado, passou a gritar “olé” a cada vez que os atleticanos tocavam a bola.

A partida foi um tanto fria para uma semifinal. Faltava velocidade a ambos os lados, com o Tombense dando a impressão de que não acreditava ter a chance de chegar a uma final. Com o passar do tempo, enquanto o Atlético se mostrava ainda mais seguro, a torcida do anfitrião foi perdendo a confiança. No fim, ela reconheceu a superioridade do adversário e cantou o hino do seu time.

Para o Galo, sobrou o susto da contusão de Bernard nos instantes finais. O atacante foi atingido no ombro contundido por um adversário e ficou três minutos sendo atendido pelo médico. Voltou a campo apenas para não deixar o time com um homem a menos nos escassos minutos que faltavam. Segurando o ombro esquerdo, esperou sem se expor o último apito de Alício Pena Júnior.

O Tombense já não tinha condições de ameaçar a vitória alvinegra, construída com um gol em cada tempo. No primeiro, na etapa inicial, Luan escorou de cabeça defesa parcial do goleiro Marcelo, depois de cabeçada de Alecsandro finalizando jogada de Bernard pela esquerda. No segundo, já próximo do fim do jogo, Leandro Donizete arriscou chute de longe e acertou o ângulo direito do goleiro. Um golaço.

Agora, o Atlético passa a “respirar” o São Paulo, adversário nas oitavas de final da Libertadores, a partir de quinta-feira, no Morumbi.