Futebol Nacional
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COPA LIBERTADORES

Espera que valeu a pena

Depois de enfrentar a demora na venda de ingressos, torcida alvinegra que acompanhou a partida fez a festa. Atleticanos que vivem em São Paulo engrossaram o coro

postado em 03/05/2013 08:00 / atualizado em 03/05/2013 08:25

Roger Dias/EM/D.A Press
São Paulo – O sol ainda estava forte quando os primeiros torcedores do Galo apareceram no Morumbi para adquirir o ingresso para o jogo contra o São Paulo. Apesar da animação total e da confiança na busca pelo resultado positivo, a má organização frustrou os atleticanos.

A promessa era de que as bilheterias seriam abertas às 15h, mas houve atraso de duas horas e 15 minutos. O motorista Rodrigo Henrique Vasco, de 24 anos, foi um dos primeiros na fila, chegando do aeroporto às 10h direto para o estádio. Ele estava insatisfeito com o serviço e com a demora no atendimento e na compra dos ingressos: “Ninguém nos deu informações sobre a venda. Impediram de a gente comprar antecipadamente e agora ficamos um bom tempo na fila passando fome e sede. É um desrespeito com o torcedor adversário e com o cidadão”.

Com 3,2 mil ingressos à disposição, os atleticanos logo encheram as ruas do entorno do estádio. Uma das torcidas organizadas chegou de ônibus quase às 18h. A Polícia Militar preparou um cordão de isolamento para evitar tumultos ou brigas com os são-paulinos. O clima estava agradável, com temperatura superior a 20 graus, mas o vento frio, característico na região do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, incomodava as pessoas, que logo tiraram o agasalho da mochila.

Fora os torcedores vindos diretamente de Belo Horizonte, o Atlético contou com o incentivo da Galo Sampa, torcida organizada da cidade, além dos Embaixadores do Galo, que têm acompanhado a equipe na saga da Copa Libertadores. Eles estiveram na Argentina, na Bolívia e em São Paulo.

O corretor de imóveis Wladimir Guimarães, de 45 anos, mineiro de Belo Horizonte, trouxe a mulher, Diana Ferreira, e a filha, Lara, de 12 anos, para conhecer o Morumbi. Ele mora em São Paulo há 20 anos e, no meio de são-paulinos, corintianos e palmeirenses no seu trabalho, não tem receio ou vergonha de usar a camisa atleticana. “Só vejo o Galo pela TV. É triste e sofrível ver a equipe quando ela está em baixa. Hoje, é diferente, pois tem um dos grupos mais qualificados do país. Isso deixa o torcedor ainda mais feliz.”

ENTUSIASMO

Os irmãos gêmeos Paulo Henrique e João Paulo Andrade, de 21 anos, já previam uma vitória maiúscula dos mineiros. “O São Paulo está em baixa e temos de aproveitar este momento”, diz Paulo. Já Raphael Cardoso, de 21 anos, cujo voo vindo do Rio atrasou, estava preocupado com o desempenho do ataque tricolor, formado por Osvaldo e Aloísio: “O Gilberto Silva e o Réver são lentos demais. Não dá para confiar neles. Tomara que tudo dê certo na partida”. Quando o ônibus do Galo chegou ao Morumbi, curiosos apareceram rapidamente e assediaram Ronaldinho Gaúcho. Mas os torcedores do Galo imediatamente vaiaram os paulistas do local.

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