Futebol Nacional
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DEFENSORES 'VETADO'

Maluf faz críticas à Conmebol por escolha de estádios para final da Copa Libertadores

Para dirigente, primeiro jogo não deveria acontecer no Estádio Defensores del Chaco

postado em 16/07/2013 19:19 / atualizado em 16/07/2013 20:18

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

O Atlético acatará a decisão da Conmebol e mandará o jogo de volta da decisão da Copa Libertadores, contra o Olimpia, no Mineirão. Nesta terça-feira, em Assunção, no Paraguai, o diretor de futebol Eduardo Maluf disse que o clube não entrará em divergências com a entidade e confirmou o planejamento de contar com público superior a 60 mil pagantes no Gigante da Pampulha, no dia 24 (quarta-feira). Entretanto, ele não poupou críticas à Confederação Sul-Americana, que aprovou o Estádio Defensores del Chaco como palco da primeira partida.

“Vamos acatar a decisão de jogar no Mineirão e convocar a torcida para fazer o papel que ela tem feito tão bem. Queremos contar com mais de 60 mil pessoas na decisão. Mas não podemos deixar de falar que a CBF continua brigando com a Sul-Americana, que tomou decisão errada. Foi apresentado um laudo com capacidade para 40,9 mil lugares (no Defensores del Chaco), mas só foram colocados à venda pouco mais de 32 mil. Nos jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo também são 32 mil. Nós viemos aqui em uma reunião no início do ano e ficou claro no sorteio que o último jogo seria em um estádio com 40 mil lugares”, disse Maluf, em entrevista à Rádio Itatiaia.

Antes do início da Libertadores, representantes dos clubes foram convocados para uma reunião na sede da Conmebol, localizada em Assunção, capital paraguaia. Nessa conversa, o Atlético tomou conhecimento de que teria de jogar no Mineirão caso alcançasse a decisão. “Não vamos brigar com ninguém. Quando entramos na Libertadores, sabíamos que tínhamos para chegar à decisão e estávamos cientes de que ela seria disputada no Mineirão”, confirmou Maluf.

A situação criticada pelo Atlético é o fato de o Olimpia poder jogar no Estádio Defensores del Chaco, que contará com público superior a 33,6 mil pagantes apenas por questões de segurança. O clube não acredita no laudo apresentado pela Associação Paraguaia de Futebol, que coloca a arena com capacidade para receber até 40,9 mil torcedores. “Não podemos deixar passar em branco. A Sul-Americana está apresentando um peso e duas medidas. É lorota esse relatório de 40 mil”, disse o dirigente.

Mesmo sem jogar no Independência, Maluf se mantém tranquilo e foca no objetivo de o Atlético fazer uma grande partida no Mineirão. Nesta terça-feira, inclusive, cerca de 50 torcedores alvinegros fecharam parte da Avenida Olegário Maciel, em frente à sede administrativa do bairro de Lourdes, e pediram para que o jogo fosse realizado no Gigante da Pampulha, que tem capacidade superior a 60 mil espectadores.

“O torcedor ficará alegre. Tinham 20 mil ingressos (no Independência) e agora terão mais de 60 mil (no Mineirão). Os jogadores estão tranquilos e o Cuca sabia da possibilidade de mandar a partida no Mineirão. Vamos fazer uma grande decisão. O Atlético tem que mostrar para o mundo inteiro a força e a torcida que ele tem”, finalizou. No Mineirão, o Atlético espera fazer uma renda recorde de bilheteria e faturar mais de R$ 8 milhões.