Futebol Nacional
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Paraguaios pela volta do prestígio

postado em 17/07/2013 09:12

Assunção – Em sua sétima decisão de Copa Libertadores, o Olimpia tenta recuperar o prestígio no futebol paraguaio e também na América do Sul. Mesmo com salários atrasados há mais de oito meses, os jogadores e o técnico Ever Almeida se uniram em torno do objetivo do tetracampeonato continental. Ninguém fala em greve ou insatisfação, já que somente querem trabalhar para vencer o primeiro jogo da decisão contra o Atlético hoje, às 21h50 (de Brasília), no Defensores del Chaco.

A diretoria do clube paraguaio espera que o título possa devolver a estabilidade financeira aos cofres e dar um basta à crise financeira. No confronto de hoje, a expectativa é de renda superior a R$ 1,2 milhão, algo fora da realidade da economia paraguaia – em cada partida, os alvinegros arrecadam cerca de R$ 25 mil.

A estratégia do Olimpia é conseguir um bom resultado em casa e jogar a pressão para o lado do Galo. “Precisamos mostrar o futebol envolvente de outras partidas no Defensores, pressionando desde o início e forçando na marcação e nas saídas de bola. Confiamos no apoio do nosso torcedor, que está sempre conosco nesta campanha”, afirmou o armador Salgueiro, camisa 10 dos paraguaios.

O técnico Ever Almeida recorre ao mistério para tentar confundir Cuca e os jogadores do Atlético. Ao longo da semana, os paraguaios fizeram treinos secretos e o comandante nem mesmo deu entrevista. Segundo ele, quanto mais o time da casa se abrir, mais tem chances de perder. A tendência é de que o lateral Mazzacotte atue pela direita, mudando de lado no campo em relação à derrota para o Independiente Santa Fé por 1 a 0, em Bogotá, na fase anterior da Libertadores. No ataque, além de Salgueiro, a aposta é o atacante Bareiro, que participou da Olimpíada de 2004 pela Seleção Guarani.

MOSAICO Os torcedores preparam um mosaico especial para receber a equipe, assim como os atleticanos fazem nos dias de jogos no Independência. Ao longo da semana, eles fizeram enormes filas de fora do Defensores del Chaco para adquirir os ingressos, com certa dificuldade. Serão pelo menos 31 mil apoiando o time alvinegro da casa. “A partir de certo tempo, eu desanimei. Achei que as entradas iam acabar. Mas depois surgiram outras 700. Muita gente já tinha ido embora. Mas o importante é que conseguimos”, contou o empresário Óscar Pundik, de 42 anos.