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COPA LIBERTADORES

Galo é castigado com gol de falta no fim e terá que tirar diferença no Mineirão

Derrota por 2 a 0 no Paraguai obriga Atlético a golear Olimpia para levantar a taça

postado em 17/07/2013 23:52 / atualizado em 23/07/2013 22:28

Alexandre Guzanshe/EM/DAPress

O Atlético saiu em desvantagem no primeiro duelo da final da Copa Libertadores. Mesmo demonstrando firmeza e desperdiçando boas chances, o Galo perdeu para o Olimpia por 2 a 0, nesta quarta-feira, no Defensores del Chaco, em Assunção. Alejandro Silva abriu o placar no primeiro tempo e o pior ficou para o fim. Aos 48min, Wilson Pittoni acertou o ângulo de Victor em cobrança de falta e ampliou, dificultando ainda mais a tarefa para o Alvinegro, que perdeu os laterais Marcos Rocha e Richarlyson, suspensos.

O Atlético mostrou valentia e determinação fora de casa, mas faltou acertar o passe no momento de concluir as jogadas ofensivas. E foi vazado em lances que o time paraguaio soube aproveitar bem. E ainda contou com uma cobrança de falta perfeita nos acréscimos, quando o goleiro Victor não subiu para a defesa por ter sido atrapalhado por Alecsandro, que estava debaixo do travessão.

Para a grande final, marcada para a próxima quarta-feira, no Mineirão, o Atlético terá que vencer por no mínimo dois gols de diferença, para levar a definição do campeão para a prorrogação e, se não fizer mais no tempo extra, nos pênaltis. Se ganhar por três de frente, o Galo conquistará o título inédito e o mais importante dos 105 anos de história. Ao Olimpia, resta um empate ou revés por um gol de desvantagem, para levantar a Copa Libertadores pela quarta vez.

O jogo

A expectativa era de muita pressão no Defensores del Chaco. Antes de a bola rolar, a torcida paraguaia deu um show com mosaico de dar inveja a muitos clubes europeus que fizeram o mesmo durante a última Liga dos Campeões. Mas o pequeno número de atleticanos presentes – cerca de 1,6 mil – também chamou atenção com muito entusiasmo ao cantar o hino do Galo.

Quando a bola rolou, um susto logo aos 2min. Pierre deixou o campo com sangramento no supercílio direito, depois de ser atingido por Pierre em uma disputa de bola com um adversário. O volante voltou com uma touca na cabeça, mas preocupou o departamento médico e a comissão técnica, que logo chamou Gilberto Silva para se aquecer. Entretanto, o ‘Pittbull’ atleticano permaneceu na partida.

Com toque de bola rápido e muita movimentação, o Atlético foi mais consciente nos primeiros minutos. Aos 6, Diego Tardelli recebeu ótimo lançamento de Marcos Rocha, o zagueiro falhou feio e o atacante emendou para as redes. Mas a arbitragem assinalou impedimento duvidoso. O Olimpia, mesmo na base do entusiasmo e sem muitas jogadas trabalhadas, levantou a torcida pela primeira vez com Salgueiro, em lance que Luan mandou a escanteio.

Luan e Diego Tardelli tinham a função de puxar os contra-ataques. Especialmente o primeiro, que voltava para marcar e recuperar a bola. Entretanto, faltava Ronaldinho Gaúcho aparecer no jogo. Bem marcado, o armador não teve muita mobilidade para se desvencilhar e ficou preso entre os perseguidores adversários.

O Olimpia apostava em lances isolados pelas pontas, principalmente pela direita. E no momento em que o Atlético estava melhor e até desperdiçara ótima chance para abrir o placar, com Diego Tardelli, o time da casa chegou ao gol. Aos 22min, Alejandro Silva se livrou da marcação, Tardelli não acompanhou, Réver ficou parado e o uruguaio chutou no canto esquerdo de Victor: 1 a 0. Agito total no Defensores del Chaco.

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

O Atlético sentiu um pouco o gol e perdeu a estabilidade, principalmente no meio-campo. Enquanto isso, o Olimpia aproveitou para aumentar a pressão, contando com a queda de produção do Galo na marcação. Preocupado, o técnico Cuca chamou a atenção da equipe, que teve outra chance desperdiçada por Diego Tardelli, após lançamento de Marcos Rocha.

O Olimpia por pouco não chegou ao segundo gol em jogada de Salgueiro. Ele limpou Richarlyson pela esquerda e chutou. A bola desviou na defesa e quase enganou o goleiro Victor. Em seguida, o mesmo atacante apareceu livre pela esquerda, Victor ficou indeciso se saía ou não e Pierre salvou na hora exata. A expectativa de gols do Galo ficou para a etapa final.

Castigo no fim

Cuca fez uma mexida tática importante na volta do intervalo. Ele inverteu a posição de Tardelli, que trocou de lado com Luan, foi para a esquerda e subiu de produção. Logo aos 3min, o atacante fez boa jogada, mas pela direita, e chutou para o gol, errando o alvo. Ronaldinho fechava livre de marcação e aguardava o cruzamento que não veio. Em seguida, o camisa 9 atleticano chutou para defesa do goleiro.

O Atlético voltou a ter o controle do jogo, enquanto o Olimpia insistia nos lançamentos longos e cruzamentos. Mas faltava Ronaldinho Gaúcho entrar na partida. Cuca esperou até os 20min para o armador se soltar mais. Mas o excesso de erros e a pouca mobilidade culminaram com a saída do camisa 10, sacado para entrada de Guilherme. Outra mudança foi a troca de Luan por Rosinei.

Tardelli ditava o ritmo do ataque atleticano, se movimentando pelos lados. Mas o chamado último passe era o problema, já que a zaga do Olimpia conseguia aliviar todas as investidas. Do lado paraguaio, o objetivo era não bobear na marcação e aproveitar uma ou outra chance para ampliar. Jô teve a grande chance do empate, em ótimo lançamento de Guilherme. O centroavante dominou bem e chutou para defesa espetacular de Martin Silva.

A última cartada de Cuca foi a entrada de Alecsandro, que entrou na vaga de Jô. A chance mais clara, no entanto, foi do Olimpia. Richarlyson foi facilmente driblado e a bola sobrou para Bareiro, que chutou e Leonardo Silva salvou. No rebote, Salgueiro perdeu um gol feito, sem goleiro, concluindo para fora. Em seguida, Bareiro entrou pela área e bateu à direita de Victor. Aos 47min, veio o castigo que o Galo não merecia. Aos 48, Pittoni cobrou falta na entrada da área e acertou o ângulo de Victor, que foi atrapalhado por Alecsandro e não pulou para a defesa: 2 a 0. Missão mais complicada para o Alvinegro no Mineirão.

Coluna Tiro Livre:Pecado no minuto final

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

OLIMPIA 2 X 0 ATLÉTICO

Motivo: primeiro jogo da final da Copa Libertadores
Local: Estádio Defensores del Chaco, em Assunção
Data: quarta-feira, 17 de julho
Árbitro: Néstor Pitana (ARG)
Assistentes: Hernán Maidana e Juan P. Belati (ambos da Argentina)
Gols: Alejandro Silva, 22min do 1ºT; Pittoni, aos 48min do 2ºT
Cartões amarelos: Matías Gimenez, Miranda, Alejandro Silva, Pittoni (OLI); Josué, Richarlyson, Marcos Rocha (ATL)
Cartão vermelho: Richarlyson

OLIMPIA
Martín Silva; Candia, Manzur, Miranda e Benítez; Pittoni, Aranda, Matías Gimenez (Ferreyra) e Alejandro Silva; Salgueiro (Paredes) e Bareiro
Técnico: Hugo Ever Almeida

ATLÉTICO
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Richarlyson; Pierre, Josué, Ronaldinho Gaúcho (Guilherme) e Diego Tardelli; Luan (Rosinei) e Jô (Alecsandro)
Técnico: Cuca

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