As alterações vão afetar também São Paulo, Santos, Internacional, Ponte Preta e Náutico. Alguns clubes terão que disputar até quatro confrontos em um intervalo de apenas oito dias. Os pernambucanos ameaçam se rebelar. As diretorias tricolor, santista e colorada também protestaram e vão pedir o remanejamento de datas. Para o goleiro Victor, é o momento ideal para confirmar a capacidade coletiva. “É nessa hora que precisamos ter grupo forte e qualificado. Vai haver um momento em que todos poderão jogar, porque são muitos jogos e o treinador precisará de todos.”
Amanhã, diante do Botafogo, pela Copa do Brasil, o Atlético vai buscar na campanha histórica da Libertadores as lições para se dar bem no mata-mata no duelo das 21h50, no Maracanã, pelas oitavas de final. Vacinados contra possíveis vacilos no confrontos de ida, a ordem dos jogadores e do técnico Cuca é evitar todo o sufoco e as dificuldades passadas nas fases eliminatórias contra Tijuana, Newell’s Old Boys e Olimpia.
Há um desafio extra, porque no Brasileiro o Galo tropeçou nos times cariocas. Além de empatar com o Fogão por 2 a 2, no Horto, foi derrotado por 3 a 0 pelo Flamengo e 2 a 0 pelo Vasco. A motivação é não só pôr fim a esta sequência negativa, mas reescrever os capítulos dos duelos com o Bota pela Copa do Brasil. Foram duas eliminações consecutivas para o alvinegro do Rio em 2007 ( com direito a erro do árbitro Carlos Eugênio Simon, que não marcou pênalti em Tchô a poucos minutos do fim) e 2008. Houve ainda a queda para o rival na Copa Sul-Americana de 2011.
“Tudo o que aconteceu na Libertadores nos deixa precavidos com relação ao que podemos encontrar no caminho. Já entendemos como funciona esse tipo de competição. Vamos tirar lições para tentar evitar dificuldades. Cada jogo é uma história. Espero que enfrentar o Botafogo não seja tão difícil e emocionante”, brinca o goleiro Victor, que lembrou a tarefa indigesta de tirar a desvantagem de dois gols nas semifinais e na final da Libertadores.
Assim como Fernandinho, ele foi expulso diante do Internacional, em Novo Hamburgo, por ter atirado a bola na torcida adversária. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) requisitou as imagens. Além da Portuguesa, domingo, ele pode desfalcar a equipe em outras partidas se condenado. “Estou tranquilo, porque nunca foi indisciplinado. Os torcedores jogaram copos de cerveja e cuspiram o tempo todo em mim”, defende-se o camisa 1.
SEM TARDELLI A delegação do Atlético embarcou ontem à noite para o Rio de Janeiro. Por decisão médica, o atacante Diego Tardelli, mesmo recuperado de dor na coxa esquerda, foi vetado. Ele vai intensificar o fortalecimento muscular. Em contrapartida, Guilherme estará no banco de reservas. O atleta não joga desde a decisão da Libertadores.
O ADVERSÁRIO
Atacar sem descuidar
Tentar fazer com que o ataque do Galo passe em branco será uma das missões do Botafogo. O goleiro Jéfferson aposta que essa é uma das chaves para decidir o confronto. “A classificação deverá ser definida nos detalhes, como nos gols marcados como visitante. Não podemos dar espaços para sermos eliminados neste critério.” O atacante Rafael Marques reforça o discurso. “Claro que a prioridade é vencer, mas não podemos permitir que o Atlético faça gols no Maracanã, senão a coisa pode acabar se complicando na partida de volta, em Belo Horizonte, onde eles colocam uma pressão muito grande. Se não formos vazados aqui, eles acabarão ficando mais nervosos em casa”. O técnico Oswaldo de Oliveira não deverá poupar nenhum jogador. A principal aposta do treinador para vencer o rival no primeiro confronto é o armador Seedorf.
CT VIRA CENÁRIO
Uma das atrações de ontem à tarde na Cidade do Galo foi o apresentador Luciano Huck, que foi produzir um quadro para seu programa na tevê, aos sábados, e bateu longo papo com Tardelli. Ele levou um garoto de 12 anos para fazer teste no time juvenil do Galo. O candidato ficará uma semana em Belo Horizonte treinando com os demais atletas.