Futebol Nacional
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COPA DO BRASIL

Autêntico teste de fogo

Estreia do Atlético pela Copa do Brasil põe frente a frente o campeão da Libertadores e o líder do Brasileiro. Volta de Guilherme é novidade diante do Botafogo, no Maracanã

postado em 22/08/2013 09:22 / atualizado em 22/08/2013 09:25

Alexandre Guzanshe EM DA PRESS
Em campo, mais que o campeão de Minas contra o campeão carioca. Um duelo que envolve o novo rei das Américas e o líder do Campeonato Brasileiro. Dois times que se destacam pela força de ataque e organização tática. De um lado, Ronaldinho Gaúcho. Do outro, o holandês Seedorf, craques que já encantaram o futebol europeu. O duelo entre os goleiros também traz dois ícones: Jefferson x Victor, candidatos a disputar a Copa do Mundo do ano que vem. Ingredientes de peso não faltam à partida entre Botafogo e Atlético, que se enfrentam às 21h50 de hoje, no Maracanã, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, uma competição em que o título é inédito para os dois clubes.

O alvinegro de Minas volta ao maior estádio do Rio, todo remodelado e sede da decisão do Mundial de 2014, três anos depois de empatar com o Flamengo por 0 a 0, pelo Brasileiro de 2010. Além de garantir tranquilidade para o jogo de volta, quarta-feira, no Independência, começar bem dará moral e confiança para o restante do Campeonato Brasileiro, em que o Galo tenta se distanciar dos quatro últimos e chegar ao pelotão de frente.

Cuca e o grupo sabem que terão pela frente um adversário entrosado, bem organizado taticamente, com peças de qualidade e disposto a chegar longe para comprovar a boa fase. Por isso, o treinador aposta na regularidade da equipe, que não perde há quatro partidas – desde os 3 a 0 contra o Flamengo, em Brasília – e que não sofre gols há três. “Isso mostra que estamos em evolução. A defesa está ajustada e já não estamos naquele período natural de relaxamento pós-Libertadores. A tendência é evoluir cada vez mais”, observa o comandante.

Ele recentemente completou dois anos no cargo. O treinador estreou justamente contra o Botafogo: na derrota por 2 a 1, em 10 de agosto de 2011, em Ipatinga, no jogo de ida pela Copa Sul-Americana. Mas nas últimas quatro partidas contra os cariocas, seu ex-clube, ele manteve-se invicto: foram três vitórias e o empate por 2 a 2, em 7 de agosto, pelo Brasileiro.

O capitão Réver adverte o grupo sobre as dificuldades nas fases eliminatórias, já que o time mineiro passou sufoco na Libertadores, ao enfrentar Tijuana (quartas), Newell’s Old Boys (semifinais) e Olimpia (decisão). “Precisamos administrar a partida e a situação. Tudo pode caminhar favoravelmente ao nosso lado se mantivermos o nível dos últimos jogos. Estamos recuperando o espírito da Libertadores aos poucos e isso é importante diante de um adversário difícil e complicado.”

Em relação à escalação do empate sem gols com o Internacional, no fim de semana, em Novo Hamburgo, a equipe terá o retorno do lateral-direito Marcos Rocha, que cumpriu suspensão automática e volta na vaga de Michel. O atacante Diego Tardelli, que está em processo de recuperação de lesão na coxa esquerda, não foi relacionado. Já o atacante Guilherme, livre de contusão na coxa direita, estará no banco de reservas.

BLOQUEIO O departamento jurídico do Atlético entrou com recurso ontem na Fazenda Nacional, em Brasília, contra o bloqueio de R$ 40 milhões referentes à venda do atacante Bernard para o Shakhtar Donetsk. O presidente Alexandre Kalil esteve na Europa para negociar o adiamento do depósito dos R$ 76 milhões da negociação, já que parte do valor seria penhorada por causa de dívidas relacionadas ao Imposto de Renda. A resposta pode sair ainda nesta semana.

MEMÓRIA
Confrontos marcantes
O Maracanã foi palco de boas e más recordações para o Atlético em duelos marcantes com o Botafogo. Em 11 de março de 1967, as equipes empataram por 4 a 4, num jogo eletrizante do começo ao fim, pela segunda rodada da fase inicial da Taça Roberto Gomes Pedrosa, o Campeonato Brasileiro da época. Gerson (2) e Roberto (2) marcaram os gols dos cariocas e Tião, Edgar, Buião e Beto fizeram os do time mineiro, comandado por Gerson dos Santos. Em 19 de dezembro de 1971, o gol de cabeça de Dario, no segundo tempo, diante de 46.458 torcedores, representou o único título brasileiro da história do clube. Já o confronto de 10 de maio de 2007, pela Copa do Brasil, foi marcado pela polêmica. A poucos minutos do fim, o árbitro Carlos Eugênio Simon deixou de validar pênalti de Alex Bruno em Tchô, que, se convertido, daria a vaga ao Galo. A partida terminou com vitória do Bota, classificado, por 2 a 1.

Botafogo x Atlético

Botafogo
Jefferson; Gilberto, Bolívar, Dória e Júlio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Vitinho, Lodeiro e Seedorf; Rafael Marques
Técnico: Oswaldo de Oliveira

Atlético
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Júnior César; Pierre, Josué e Ronaldinho Gaúcho; Luan, Jô e Fernandinho
Técnico: Cuca

Estádio: Maracanã
Horário: 21h50
Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC)
Assistentes: Herman Brumel Vani e Celso Barbosa de Oliveira (SP)
TV: Sportv e ESPN Brasil