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ATLÉTICO

Guilherme fala sobre renovação de contrato, mas garante foco na decisão da Recopa

Meia-atacante está liberado para negociar com outras equipes a partir de setembro

postado em 23/07/2014 15:25 / atualizado em 23/07/2014 16:17

Arthur Sala Minoves /Superesportes

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

Nesta quarta-feira, o Atlético entra em campo com vantagem para decidir o título da Recopa Sul-Americana. Na partida de ida, realizada na semana passada na Argentina, o alvinegro conquistou um bom resultado ao vencer o Lanús por 1 a 0.

Fora de casa, o clube mineiro se destacou sobretudo na etapa complementar. Na ocasião, o meia atacante Guilherme entrou no lugar de Ronaldinho Gaúcho e teve atuação de destaque. Com a alteração, o Galo passou a criar mais, tendo chances claras de gol ao longo do confronto.

Tendo em vista a boa exibição na Argentina e a partida de volta no Mineirão, Guilherme foi entrevistado com exclusividade pelo Superesportes. O armador dissertou sobre seu retrospecto positivo defendendo o Atlético contra clubes argentinos. Além disso, relembrou o gol marcado diante do Newell's Old Boys pelas semifinais da Libertadores no ano passado.

Guilherme também comentou a possibilidade de renovar seu contrato. O vínculo entre jogador e clube termina em março de 2015, mas o atleta está liberado para negociar com outras equipes a partir de setembro deste ano.

No intervalo da partida de ida da Recopa, você entrou no lugar de Ronaldinho Gaúcho e deu uma dinâmica maior para o Atlético. Após sua entrada, o time abriu o placar e criou muitas oportunidades. Acredita que isso credencia sua entrada como titular na partida desta quarta-feira?

O que credencia minha entrada como titular no time é o trabalho que venho fazendo todos os dias nos treinamentos e também nos jogos, quando recebo a oportunidade. No primeiro jogo da final, eu entrei bem, o time conseguiu criar as chances de finalização e poderíamos até ter marcado mais gols. Mas ninguém ganha ou perde sozinho; a vitória só foi possível graças ao ótimo desempenho do grupo, já que jogamos contra um adversário tão duro e na Argentina, o que torna as coisas ainda mais complicadas. Todo jogador quer ser titular sempre, mas quem define isso é o treinador e eu respeito a hierarquia. Se for acionado, espero fazer um grande jogo e ajudar o Atlético a conquistar esse título.

É recorrente a discussão sobre a possibilidade de você e Ronaldinho atuarem juntos. Acredita que isso seja possível na decisão, por exemplo, mesmo ambos possuindo características similares?

Tenho certeza que posso jogar junto com o Ronaldinho. Isso inclusive já aconteceu algumas vezes no ano passado, até mesmo durante a Libertadores, em jogos tão decisivos quanto o de hoje. Essa decisão cabe exclusivamente ao Levir. Claro que eu gostaria muito de me manter na equipe, mas não gosto de alimentar essa competição que criaram entre o Ronaldinho e eu. Agora, o mais importante é que a vitória e o título venham, independentemente de quem for o titular ou de quem marcar os gols.

Desde sua chegada ao Atlético, você enfrentou clubes argentinos em três oportunidades. Duas diante do Newell's Old Boys, na Copa Libertadores do ano passado. No primeiro confronto o Atlético foi derrotado por 2 a 0, mas venceu na partida de volta pelo mesmo placar. No Independência, você marcou o gol que abriu o caminho para a classificação à final da competição. Agora, na ida da Recopa, na quarta-feira passada, você teve uma boa atuação diante do Lanús. Há uma motivação extra para enfrentar essas equipes em virtude da rivalidade entre Brasil e Argentina?

É inegável que existe uma rivalidade forte entre os dois países, mas dentro de campo eu não penso muito nisso. Independentemente de quem seja o adversário, entro sempre buscando dar o meu melhor e ajudar o time. Contra o Newell's no ano passado, tive a oportunidade de fazer aquele gol que considero o momento mais especial da minha carreira no Galo. Conseguimos levar aquele jogo dramático para a prorrogação e depois converti o pênalti. Espero manter esse bom retrospecto contra os argentinos e colocar mais uma vitória importante e um troféu na história do clube.

Você acredita que seria mais prudente adotar uma postura cautelosa no Mineirão, pela vantagem do empate, ou é melhor jogar de forma ofensiva fazendo valer o mando de campo e a presença da torcida na decisão?


É tradição do Atlético sempre entrar em campo buscando o resultado, usando a inteligência acima de tudo. Depois de conseguirmos uma vitória tão difícil fora de casa, temos de usar ainda mais nossas qualidades para garantir o título, sempre respeitando o Lanús, que é um grande time. Estamos jogando em casa, com a torcida em peso nos apoiando, então, nosso objetivo é ir pra cima, marcar gols e conseguir a vitória para retribuir todo o carinho do torcedor que sempre nos apoiou.

Seu contrato com o Atlético termina em março, mas a partir de setembro você já pode negociar com outras equipes. Há a expectativa em renovar o vínculo com o clube ou existe a possibilidade de uma mudança de equipe?


Ainda não houve acordo para renovação, mas existe a possibilidade de ficar no clube. Estou feliz no Atlético e para eu continuar aqui é necessário que haja um acordo que seja bom para todas as partes envolvidas. Prefiro manter o meu foco exclusivamente no campo e deixar essa parte de negociação com o meu empresário.

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