Futebol Nacional
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PE2013

Apesar de não conseguir fazer o time render, Martelotte segue no Santa Cruz

Porém, treinador pode não aguentar mais uma derrota em casa

postado em 19/03/2013 08:35 / atualizado em 19/03/2013 08:40

Redação Superesportes /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
A pressão existe. Por mais que o técnico Marcelo Martelotte tente negar, ela está lá. Não há como esconder. A tranquilidade no cargo já não é a mesma de outros tempos. Foi abalada por percalços num caminho até agora tortuoso para o Santa Cruz na temporada. Até o momento, o treinador superou todos. Mas até quando? O que segura o comandante no cargo? E o que poderia mudar essa situação? Questionamentos que rondam o Arruda.

Martelotte pode não suportar mais uma derrota do Santa Cruz em casa neste Pernambucano. Seria a terceira na competição. O que complica a situação seriam as demais consequências desse resultado. A principal delas, a ameaça de não classificação para as semifinais do Estadual. Por enquanto, está tudo sob controle. Após o empate em 1 a 1 com o Serra Talhada, o Tricolor soma 13 pontos. Está dois à frente do quarto colocado, o Ypiranga, e três do quinto, o Salgueiro.

O momento mais delicado de Martelotte à frente do Santa Cruz, certamente, foi a traumática eliminação na Copa do Nordeste, com uma derrota, em casa, para o Fortaleza. A saída do treinador chegou a ser cogitada. Mas ele foi bancado pelo presidente Antônio Luiz Neto. Iniciou o Pernambucano dando continuidade ao trabalho que vinha sendo feito. Mas os questionamentos seguiram, já que o time nunca conseguiu mostrar um futebol convincente.

Mas Martelotte tem, também, pontos a seu favor. É notório que ele trabalha com um elenco reconhecidamente limitado. Há carência de jogadores em alguns setores, como nas laterais. Em muitas partidas, ele vem tendo que improvisar atletas. Mesmo assim, o treinador nunca se expôs, nem colocou a diretoria em xeque, exigindo reforços. Pelo menos publicamente. Poderia ter sido mais enérgico nesse sentido, mas preferiu bancar a responsabilidade e ser político.

A reta final do Pernambucano será decisiva para o futuro de Martelotte. No domingo, o Santa Cruz enfrenta o Petrolina, no Arruda. Um jogo que apresenta duas faces. A Fera Sertaneja faz um campeonato sofrível. A diferença técnica entre as equipes é enorme. Adversário ideal para a recuperação de um time que não vence há duas rodadas? Sim. E então surge a outra face dessa partida. A responsabilidade da vitória é gigante. Desproporcional ao mérito de consegui-la. Derrota ou empate podem não ser perdoados. Tenha Martelotte culpa ou não.