Um substituto para Pedra

O Santa Cruz tinha três jogadores pendurados com dois cartões amarelos quando entrou na partida contra o Petrolina: Natan, Everton e Anderson Pedra. Três peças importantes para o esquema do técnico Marcelo Martelotte. Os dois primeiros conseguiram sair de campo sem serem advertidos. O último não. E o Tricolor vai para o clássico com o Náutico sem o seu pilar de sustenção no meio-campo. Um desfalque que preocupa o treinador, que já começou a planejar a equipe sem o volante.

Anderson Pedra vinha sendo importante para a equipe. É o tipo de jogador que pouco aparece, mas muito contribui. É o principal marcador do time, responsável pelo primeiro combate. Para essa função, Martelotte não tem muitas opções. A primeira possibilidade seria a entrada de Tozo. Ele, no entanto, ainda não participou de nenhuma partida na temporada, pois se machucou logo no início do ano. Mas é o único primeiro volante à disposição, neste momento.

A outra opção de Martelotte está em suspense. Sandro Manoel vem substituindo Luciano Sorriso, machucado, há duas rodadas. Ele também faz o papel de primeiro volante. Mas foi punido com quatro jogos de suspensão pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PE) pela expulsão na partida contra o Ypiranga. Por enquanto, está fora do clássico. Mas o departamento jurídico do Santa Cruz já entrou com um pedido de efeito suspensivo. Se acatado, ele estará liberado para o jogo. O resultado será divulgado hoje.

Esperança
Com a permanência de Sandro Manoel no time, e sendo recuado para jogar como primeiro volante, Léo seria a opção do treinador. Ele já foi utilizado nesta temporada, mas um pouco mais adiantado, praticamente como um meia. Pela primeira vez, atuaria como segundo volante, sua posição de origem. A última alterativa de Martelotte é uma esperança. De que Luciano Sorriso fique à disposição. Nesse caso, em vez Léo, ele entraria. Mas o jogador ainda está na fase de recuperação física e tem pouca chance de atuar.

Para o zagueiro César, a contribuição de Anderson Pedra para o trabalho da defesa tem sido essencial. É dele boa parte do mérito de o Santa Cruz ter sofrido apenas cinco gols neste Pernambucano – é a defesa menos vazada da competição. “O Pedra é o nosso cão de guarda. É quem dá o primeiro tranco, que faz a proteção da zaga. Quando faz bem o papel dele ali, facilita para a gente na zaga. Com certeza, vamos sentir bastante a ausência dele”, ressaltou o defensor.