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Definido

Martelotte surpreende e anuncia o time coral que enfrenta o Timbu

Técniconão quis saber de treino secreto e, sem mistério, definiu o esquema tático que utilizará no clássico

postado em 28/03/2013 08:18

O técnico Marcelo Martelotte poderia ter feito algum treino fechado, guardado a equipe a sete chaves, como costumam fazer treinadores em semanas pré-clássico. Mas ele quebrou a regra. Não fez e não fará nenhum treino secreto. E ontem divulgou a equipe que pretende escalar na partida de domingo, contra o Náutico, nos Aflitos. Bom demais para ser verdade? Blefe? No futebol pernambucano é coisa tão rara um jogo às claras como o do comandante do Santa Cruz que chega a assustar.

Não foram necessárias nem três perguntas na entrevista coletiva de Martelotte, ontem, no Arruda. Ele mesmo questionou: “Vocês querem saber o time?”, disse o treinador, surpreendendo a todos. “Então aí vai”. E confirmou a equipe do Santa Cruz com: Tiago Cardoso; Everton Sena, César, William Alves e Tiago Costa; Sandro Manoel, Tozo, Renatinho, Natan e Raul; Dênis Marques.

A essa altura, Martelotte contava com a presença de Sandro Manoel no time. O efeito suspensivo do volante, porém, foi negado pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PE) no final da tarde. A alternativa, segundo o próprio treinador, é Luciano Sorriso, que já está liberado pelo departamento médico, mas ainda recupera a parte física. “Se não tivermos o Sandro, jogam o Tozo e o Sorriso”, disse o comandante, preferindo acreditar na recuperação de Sorriso, sem citar Léo como opção.

Tática

A principal alteração, porém, é tática. Pela primeira vez na temporada, Martelotte muda de esquema. Ele sai do tradicional 4-4-2 e parte para o 4-5-1, sacando Flávio Caça-Rato e colocando Renatinho. Deve armar um losango, com Renatinho e Natan abertos, Raul centralizado e Dênis Marques na frente. Depois de confirmar a equipe, o treinador justificou o porquê de só agora adotar tal sistema. “Não havíamos utilizado antes porque só agora temos essas opções. A recuperação do Renatinho e a chegada do Raul nos deu a possibilidade de mudar”, explicou.


A troca de um atacante por um meia é um sinal claro de que o ataque do Santa Cruz vem deixando a desejar. Questionado, Martelotte nega e prestigia o setor. Mas os números são suficientes para mostrar que os atacantes corais, inclusive a grande estrela Dênis Marques, vêm tendo um baixo desempenho nos últimos jogos. DM9, por exemplo, não marca há quatro partidas. Caça-Rato, companheiro dele nos últimos confrontos, tem três gols na temporada. “Não é insatisfação com o ataque. É sinal de uma satisfação com os meias que mostraram qualidade”, disse o técnico.