Futebol Nacional
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Clássico

Santa joga melhor, vence e quebra tabu de oito anos sem ganhar nos Aflitos

Atual bicampeão, elenco coral segue rotina de vitórias mesmo sendo minimizado pelos clubes rivais

postado em 01/04/2013 09:55 / atualizado em 01/04/2013 10:13

Brenno Costa /Diario de Pernambuco , Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Teresa Maia/DP/D.A Press
Um time compõe a elite nacional. O outro, a Série C. A folha salarial do primeiro é pelo menos três vezes maior. Essa mesma equipe da Série A era até então a líder da competição, jogava em casa e, de quebra, ainda tinha o artilheiro e o vice-artilheiro do Campeonato Pernambucano Coca-Cola. Náutico e Santa Cruz tinham tudo para fazer um jogo desigual. Não foi. Bastou a partida começar. Melhor, o clássico começar. É justamente aí quando a emoção se sobrepõe à razão. Não em vão, era o Clássico das Emoções. E o que era previsível, torna-se “incoerente”. Surpresa? Talvez. O atual bicampeão da competição, minimizado, foi além. Em pleno Aflitos, superou a si e, principalmente, ao incontestável favorito. Venceu. Melhor: convenceu.

A partida de ontem terminou com o placar de 2 a 0 para o Santa Cruz – gols de Natan e Dênis Marques. Mas poderia ter sido muito mais elástico. O Tricolor engoliu o Timbu no primeiro tempo. Poderia ter ido para o intervalo goleando. Renatinho e Dênis Marques perderam chances incríveis. Enferrujada, a máquina de fazer gols do melhor ataque da competição não funcionava. Pelo segundo clássico seguido.

O técnico Marcelo Martelotte deu um nó tático no treinador alvirrubro. Não a toa, Vágner Mancini saiu de campo execrado. Gritos de “burro” foram entoados nas arquibancadas.

Contestado, o Santa Cruz, agora com 19 pontos, chegou à liderança da competição e está matematicamente classificado às semifinais. Mesmo sem vencer clássicos e com o técnico bastante questionado pela torcida, o Náutico também se classificou com duas rodadas de antecedência. A diferença a partir de agora estará na paz e na pressão em cada clube, sobre cada treinador. O campeonato começou agora. O Santa Cruz deu um importante passo, sobretudo por ter encontrado o time ideal. Estático e vaiado, o Timbu não morreu. Perdeu a batalha. O troféu segue distante para os dois lados. O Tricolores porém, apenas comprovaram que a tática do “pato morto poderá funcionar pela terceira vez seguida.