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Opinião

Tricolores apoiam as manifestações do povo brasileiro

Sandro Barbosa e Luciano Sorriso opinam acerca das manifestações que tomam o Brasil

postado em 20/06/2013 08:00 / atualizado em 20/06/2013 10:35

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Grande parte da população recifense está mobilizada. Na tarde desta quinta-feira, uma grande manifestação está agendada para tomar as ruas do Recife. A primeira mobilização da capital pernambucana a se integrar à onda de protestos que tem tomado o Brasil. Cerca de 100 mil pessoas haviam confirmado participação no protesto na fanpage "À luta, Recife: pelo transporte público de qualidade", que congrega alguns dos principais articuladores da mobilização. As mobilizações populares não deixaram os futebolistas alheios. Sandro Barbosa, técnico do Santa Cruz, e o volante Luciano Sorriso comentaram acerca do assunto.

“Sou favorável aos protestos. Claro que, como todos os brasileiros, não concordo com a violência. Mas acho que as manifestações são válidas e necessárias. O Brasil está no caminho certo”, manifestou o volante Sorriso.

Em seguida, o atleta foi ainda mais enfático na crítica. “Inclusive, eu tenho minhas críticas à Copa do Mundo e aos gastos públicos para o evento. Por exemplo, cidades com estádios para a Copa onde o futebol não é forte, como Manaus, Cuiabá, e Brasília, com média de público de 600 pessoas. Enquanto Santa Catarina, um estado com cinco clubes na Série A e Série B não tem estádio para a Copa em sua capital. Muito dinheiro gasto e mal empregado”, disparou.

O técnico Sandro também teceu suas críticas aos gastos em Copa do Mundo. “O Brasil não tem a mínima chance de sediar uma Copa do Mundo. Para quem trabalha com futebol, é muito bom. Para nós e para a imprensa. Mas o Brasil tem inúmeras prioridades acima de fazer arenas. Arenas são lindas, espetaculares. Mas quantos hospitais, quantas escolas ainda estão por fazer? Não podemos gastar milhões em estádios e deixar o povo de lado”, sentenciou.

Sandro também deixou seu recado para o povo recifense. “O certo é que não tivesse nada de errado e não existissem razões para que houvesse protestos. Só espero que as pessoas ajam em paz, sem quebra-quebra, sem violência. Que passem a mensagem, o protesto, mas de forma pacífica.”