Futebol Nacional
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SANTA CRUZ

Distantes da realidade, jogadores do Santa Cruz projetam voos maiores e visam até Libertadores

Atletas do Santa falam em conseguir bons resultados contra Atlético-MG, Grêmio e São Paulo para virar o turno perto do G4 e enxergam Libertadores como possível

postado em 28/07/2016 09:00 / atualizado em 28/07/2016 09:04

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco , Marcel Tito /Diario de Pernambuco

Brenno Costa/DP
O otimismo é natural no futebol. Quando o cenário é desfavorável, vale o discurso do 11 contra 11, a confiança que um detalhe pode decidir um jogo, a esperança do “encaixe” da tática no jogo do adversário. O exagero, porém, destoa. É aquele desconectado da realidade, que beira o milagre. No Arruda, além do discurso realista do técnico Milton Mendes, pés no chão ao extremo, há dos dois tipos de otimismo. O mais comedido e aquele no qual é difícil de acreditar.

Neste time, dois jogadores assumiram a titularidade sem firula. Foram direto ao ponto, sem enrolação. Reconheceram a estadia no limite da zona de rebaixamento - não poderia ser diferente -, mas voltaram os olhares para cima. Muito acima. Danilo Pires, por exemplo, ao comentar a posição atual do clube e a sequência difícil que a equipe terá pela frente (Atlético-MG, Grêmio e São Paulo), encaixou uma “Libertadores” em seu discurso.

“É somar o máximo de pontos possível e focar neste três últimos jogos. Espero que a gente consiga os resultados positivos e comece o segundo turno pensando em algo maior. Não só lutar na zona de rebaixamento, mas chegar, quem sabe, ali perto (da zona) da Libertadores, da Sul-Americana”, declarou ele, que não está sozinho. “Pelo elenco e pelo grupo que temos não podemos brigar só para sair do rebaixamento. Podemos chegar entre os dez primeiros. É o que a gente busca e estamos pensando no momento”, afirmou o lateral Tiago Costa.

Menos…
Caso o otimismo sirva para escalar o substituto de João Paulo, suspenso, contra o Atlético-MG, Danilo Pires larga na frente de Jadson. Ao contrário do primeiro, o volante, testado entre os titulares na atividade da segunda-feira, é mais comedido. Adota um discurso mais alinhado à realidade, mas focado no desejo da vitória, de surpreender os adversários.

“Eu acho que, independentemente do nosso adversário e da posição deles, time de Série A tem que entrar sempre para vencer. Contra esse tipo de adversário se resolve no detalhe. A gente tem que procurar vencer. Ainda mais na situação em que a gente está. Tem que almejar coisas grandes. Se a gente continuar pensando pequeno, vamos obter resultados pequenos” disse.

Menos, menos…
Alinhado às declarações com o técnico Milton Mendes, que tem sido enfático ao colocar a luta contra o rebaixamento como a prioridade do Santa Cruz, está o atacante Grafite. Experiente, ele fala das dificuldades do clube nesse retorno e foca no real campeonato tricolor. “O campeonato é muito difícil. Foram dez anos longe da elite e o Santa não tem condições de brigar de igual para igual. A nível de cotas, de elenco, a gente sabe das dificuldades. O nosso campeonato é esse (de fuga do Z4). Tem que ser sincero com o torcedor e pedir para ele nos apoiar”, pontuou o camisa 23.