Diario esportivo
Qual a nota do Sport?
Confira a coluna de Fred Figueiroa, publicada nesta sexta-feira
postado em 15/03/2013 11:39 / atualizado em 15/03/2013 11:43
“Nada como um dia depois do outro...” . Esta foi uma das “manchetes” de reportagens do Diario questionadas pelo Sport Club do Recife em suas notas oficiais publicadas ontem no site do clube.
Começo o texto falando dela justamente porque fui eu que a fiz. Aliás, fiz o texto, o título e a “manchete” da capa do Superportes: Para Giulia, com amor. Era uma matéria sobre Roger, exaltando o gol que havia marcado naquele jogo dedicado à sua filha Giulia - justamente na partida seguinte ao lamentável xingamento que o atacante ouviu de um torcedor nas sociais do clube.
A linha fina, logo abaixo do contestado “Nada como um dia depois do outro...” dizia: “Entre a noite de quarta e a tarde de domingo, o Sport mudou a postura e agora espera que a torcida faça o mesmo”. Desde que li a nota oficial do clube fico pensando de que forma esta matéria pode ser interpretada como parte de uma "sistemática campanha de desestímulo (SIC) à imensa torcida do Sport" ou, mais ainda, como "esta atitude lamentável tem influenciado negativamente os torcedores, diminuindo suas presenças em campo e gerando sua insatisfação contra à (SIC) equipe".
Assim está escrito no site rubro-negro. O comunicado oficial expõe a maior diferença entre o clube e a equipe de esportes do Diario de Pernambuco: Aqui só trabalham profissionais. E a cobertura jornalística dos jogos do Sport reflete a opinião destes profissionais e, fundamentalmente, as reações da própria torcida do clube.
Outro título questionado ilustra exatamente isso: "Vitória sob vaias", depois da equipe ter feito 3 a 2 no Serra Talhada. Detalhe é que, no vestiário, o então técnico Vadão foi o primeiro a falar sobre as vaias e reclamar da postura da torcida - expondo, inclusive, o episódio de Roger - que não tinha sido percebido pela imprensa. Os jogadores também reagiram contra os torcedores. Ou seja: as vaias acabaram se tornando o assunto principal da noite. E uma das qualidades do jornalista é justamente ter a percepção e a sensibilidade do que é mais relevante. Os bons profissionais de comunicação sabem disso. O do Sport estava em Petrolina com o time e sequer sabia da existência das notas. Foi atravessado.
Depois da primeira publicação e diante da imensa repercussão negativa - principalmente entre os próprios torcedores - o clube emitiu outro comunicado, desta vez em tom jurídico. A situação só piorou. Durante a tarde e a noite de ontem, em todas as redes sociais, dezenas de rubro-negros pediram desculpas aos jornalistas do Diario em nome do clube. Se disseram envergonhados com as notas. Elas, no final das contas, acabaram se voltando contra o próprio Sport. Expondo ainda mais a gestão conturbada de Luciano Bivar.
Em menos de três meses, uma diretoria inteira entregou os cargos, um técnico foi demitido e o nome do Sport foi relacionado em um escândalo que precisa ser e será investigado. Tudo isso sem falar no futebolzinho que o time de mais de R$ 1 milhão está jogando... Digno das piores manchetes possíveis. Essas do Diario foram leves perto do que os próprios torcedores andam dizendo da equipe que (não) os representa.
Começo o texto falando dela justamente porque fui eu que a fiz. Aliás, fiz o texto, o título e a “manchete” da capa do Superportes: Para Giulia, com amor. Era uma matéria sobre Roger, exaltando o gol que havia marcado naquele jogo dedicado à sua filha Giulia - justamente na partida seguinte ao lamentável xingamento que o atacante ouviu de um torcedor nas sociais do clube.
A linha fina, logo abaixo do contestado “Nada como um dia depois do outro...” dizia: “Entre a noite de quarta e a tarde de domingo, o Sport mudou a postura e agora espera que a torcida faça o mesmo”. Desde que li a nota oficial do clube fico pensando de que forma esta matéria pode ser interpretada como parte de uma "sistemática campanha de desestímulo (SIC) à imensa torcida do Sport" ou, mais ainda, como "esta atitude lamentável tem influenciado negativamente os torcedores, diminuindo suas presenças em campo e gerando sua insatisfação contra à (SIC) equipe".
Assim está escrito no site rubro-negro. O comunicado oficial expõe a maior diferença entre o clube e a equipe de esportes do Diario de Pernambuco: Aqui só trabalham profissionais. E a cobertura jornalística dos jogos do Sport reflete a opinião destes profissionais e, fundamentalmente, as reações da própria torcida do clube.
Outro título questionado ilustra exatamente isso: "Vitória sob vaias", depois da equipe ter feito 3 a 2 no Serra Talhada. Detalhe é que, no vestiário, o então técnico Vadão foi o primeiro a falar sobre as vaias e reclamar da postura da torcida - expondo, inclusive, o episódio de Roger - que não tinha sido percebido pela imprensa. Os jogadores também reagiram contra os torcedores. Ou seja: as vaias acabaram se tornando o assunto principal da noite. E uma das qualidades do jornalista é justamente ter a percepção e a sensibilidade do que é mais relevante. Os bons profissionais de comunicação sabem disso. O do Sport estava em Petrolina com o time e sequer sabia da existência das notas. Foi atravessado.
Depois da primeira publicação e diante da imensa repercussão negativa - principalmente entre os próprios torcedores - o clube emitiu outro comunicado, desta vez em tom jurídico. A situação só piorou. Durante a tarde e a noite de ontem, em todas as redes sociais, dezenas de rubro-negros pediram desculpas aos jornalistas do Diario em nome do clube. Se disseram envergonhados com as notas. Elas, no final das contas, acabaram se voltando contra o próprio Sport. Expondo ainda mais a gestão conturbada de Luciano Bivar.
Em menos de três meses, uma diretoria inteira entregou os cargos, um técnico foi demitido e o nome do Sport foi relacionado em um escândalo que precisa ser e será investigado. Tudo isso sem falar no futebolzinho que o time de mais de R$ 1 milhão está jogando... Digno das piores manchetes possíveis. Essas do Diario foram leves perto do que os próprios torcedores andam dizendo da equipe que (não) os representa.