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Clássico

Partida será o primeiro grande teste contra às facções organizadas

postado em 17/03/2013 09:29 / atualizado em 17/03/2013 09:39

Rafael Brasileiro /Diario de Pernambuco

A violência ligada ao futebol pernambucano não fica ao redor do campo, mas sim nas ruas. As torcidas organizadas já foram sinônimo de festa e animação. Hoje são a representação do medo e um dos maiores desafios da segurança pública do estado. Mas como coibi-las e trazer a paz definitiva aos estádios? Esta resposta começará a ser dada na tarde de hoje, quando o primeiro clássico sem a presença das facções será realizado em 2013.

Com a proximidade da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, a preocupação com a violência ligada ao futebol cresce e foi necessário um tiro disparado contra um torcedor para que uma atitude mais drástica fosse tomada. Anteriormente, várias tentativas haviam sido feitas para coibir a violência. Proibição de bebidas alcoólicas dentro dos estádios, criação de cadastro dos torcedores das organizadas e escolta das torcidas nos dias de clássico foram algumas. No fim das contas, nada mudou. O esperado era que as torcidas fossem banidas dos estádios após o ocorrido com o estudante, mas isto não aconteceu. Porém, uma medida paliativa foi criada: A proibição das camisas das facções. Um símbolo foi retirado, mas os integrantes não.

“Dentro do campo os problemas não existem. O complicado é fora”, reconhece o coronel da Polícia Militar, Paulo Cabral. Com a responsabilidade de comandar a segurança do Clássico dos Clássicos desta tarde, Cabral acredita estar fazendo parte de uma das maiores operações já feitas em um jogo de futebol no estado. “Desde o incidente com Lucas Lyra, nós temos nos reunido todas as terças-feiras para nos preparamos para momentos como este. O trabalho será ampliado e não ficará restrito à área do jogo. A tolerância a partir de agora é zero”, prometeu o Coronel.