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PE2013

Há quatro jogos sem marcar, Roger reconhece má fase no Sport

A cada temporada que passa, a famosa maldição da camisa 9 rubro-negra se repete

postado em 21/03/2013 08:20

Brenno Costa /Diario de Pernambuco

Teresa Maia/DP/D.A Press
Ao vestir a camisa 9, o jogador toma para si a responsabilidade de balançar as redes. Vira o alvo da equipe para receber as bolas e finalizar as jogadas. De canela, peito, cabeça, ombro. Pouco importa. Não se pede técnica refinada, se pede gols. No Sport, porém, a missão tem sido sofrida. Há tempos que o clube persegue um artilheiro. A cada temporada que passa, a famosa maldição da camisa 9 rubro-negro se repete. Dessa vez, Roger é quem enfrenta a seca de gols na Ilha do Retiro.


“Não terei problemas com a camisa 9. A partir de hoje, o Sport não terá problema com o ataque.” A postura do atacante na sua apresentação foi segura. Maduro, Roger voltava à Ilha do Retiro crente de que conseguiria alcançar o posto de ídolo. No currículo, tinha a conquista da Copa do Brasil e havia marcado 11 gols no Brasileiro da Série A, em 2008.


Roger até começou a temporada com o pé direito. Na estreia da Copa do Nordeste, acertou um lindo chute de fora da área. Precisão que garantiu o empate em 1 a 1 com o Sousa, na Paraíba. Depois, o atacante passou três jogos em branco e ainda se lesionou no calcanhar. Foram cinco partidas fora de combate até o retorno na segunda rodada do Pernambucano.


Na temporada, o centroavante marcou 3 gols em dez atuações e não está satisfeito com o desempenho que apresentou até o momento. Já são quatro rodadas passando em branco. “Eu me cobro muito, me dedico bastante nos treinamentos, mas não estou gostando do meu desempenho”, disse o atleta, que, por outro lado, mostra-se feliz com a melhora apresentada pela equipe no Clássico dos Clássicos. “Às vezes, o coletivo está em detrimento do individual. Vamos trabalhar para acertar essa bola lá dentro e ajudar mais ainda o Sport”, acrescentou.


Roger, por sinal, já passou por um momento delicado. No jogo em que retornou ao time após se recuperar da contusão, o atleta se viu em situação difícil de digerir ao ouvir um insulto de um torcedor que tentou usar a limitação visual de sua filha para criticá-lo. Agora, porém, o jogador trata o assunto como página virada. “Estou aqui para elogiar o comportamento dos torcedores no clássico. Nos apoiaram do começo ao fim.”

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o último centroavante que foi unanimidade


José Hélio Alexandre de Souza chegou ao Sport em 1991. Logo na estreia, foi autor do gol da vitória de 1 a 0 sobre o Gama, pela Copa do Brasil. Ficou dois anos e três meses no clube e marcou 50 gols, sendo 37 deles apenas pelo Campeonato Pernambucano. Era conhecido como Hélio Doido e, entre os torcedores rubro-negros, é considerado a mais recente referência de um camisa 9 que se tornou ídolo absoluto.