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Semelhança

Os holofotes para Jonathan Balotelli

Homônimo do italiano que está prester a vir para o Recife, atleta foi procurado por imprensa de fora do estado e revelou semelhanças e diferenças com "Super Mario"

postado em 17/06/2013 19:26 / atualizado em 17/06/2013 19:38

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Yuri de Lira/DP/D.A Press
As semelhanças físicas são evidentes. As personalidades do italiano Mario Balotelli e do homônimo ainda quase anônimo Jonathan Balotelli, nem tanto. Pelo menos foi o que garantiu o próprio atacante rubro-negro. Enquanto o atacante da Azurra se concentra no Rio de Janeiro e se prepara para vir ao Recife jogar a Copa da Confederações, o leonino treinou na tarde desta segunda-feira no campo auxiliar da Ilha do Retiro - retornando do período de folga dado pelo clube. Destaque do Pesqueira no último Campeonato Pernambucano e ainda brigando por uma vaga entre os titulares do Leão, recebeu os holofotes da imprensa, inclusive de fora do estado. Certamente não ganharia tanta atenção se não tivesse o apelido do atleta do Milan.   

Nesta tarde, repórteres e jornalistas pediram para Jonathan fazer a tradicional pose de "Super Mario". Solícito, atendeu ao pedido. Orgulhoso, garantiu que tem características parecidas com a do italiano. Apenas dentro de campo. "Eu tenho também um cabeceio bom, um chute forte. O meu físico também é parecido com o dele", disse Jonathan. "Mas sou um cara tranquilo e nem carro eu tenho ainda", completou, aos risos. Em seguida, defendeu Balota. "Acho que às vezes ele é mal interpretado. Ele deve ser uma boa pessoa", opinou.

Jonathan ainda explicou a origem do apelido, que ganhou ainda neste ano no Pesqueira. "Fui fazer um moicano para ficar igual o Neymar, mas todo mundo achou que ficou mais para Balotelli. Depois acabei pintando de amarelo para ficar mais parecido", declarou. As semelhanças, contudo, não se limitam ao físico e ao futebol. A vida de Mario e Jonathan foram marcadas por percalços. Filho de imigrantes ganeses, o italiano sofreu com complicações no intenstino durante a infância, que quase o levaram à morte. Foi colocado à adoção por conta de problemas financeiros dos genitores até ser adotado por pais naturais da Itália.

O Balotelli do Sport não passou por nada disso, mas guarda também histórias de dificuldades. "Quando tinha 18 anos, tive que deixar o futebol para trabalhar por três anos. Trabalhei em um cyber e em obras lá no Rio de Janeiro para poder viver", contou. "Devo muito a um amigo meu que me levou para o Friburguense. De lá, fui contratado para disputar a Série A2 do Pernambucano pelo Vitória e aí o Pesqueira me viu", lembrou o atacante do Sport, de 24 anos - dois mais velho que o homônimo.

Perguntado se queria um encontro com Mario Balotelli, Jonathan foi enfático. "Eu queria bastante. Mas vamos viajar para fazer a intertemporada em Chã Grande e acho que vai ficar díficil. Mas quem sabe?", afirmou.