Futebol Nacional
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Solidariedade

Crianças com câncer ficaram surpresas com homenagem do Sport

Garotos tiveram nomes estampados na camisa do Leão da Ilha na final estadual

postado em 18/04/2014 07:38 / atualizado em 18/04/2014 07:42

João de Andrade Neto /Esportes

Roberto Ramos/DP/D.A Press
No primeiro gol, Wanderson ajeitou para Carla chutar de primeira. Em seguida, foi o próprio Wanderson quem balançou as redes, mostrando seu faro de artilheiro. A vitória por 2 a 0 sobre o Náutico na primeira da final do Campeonato Pernambucano ainda contou com as defesas de Cleiton, a segurança de Gabriela e Leopoldo na zaga, o apoio de Eliadja na lateral-esquerda e a marcação de Graziela no meio de campo. Obviamente, nenhum desses nomes jogam pelo Sport. Na verdade, muitos só souberam ontem que o Leão garantiu a vantagem de atuar pelo empate, na próxima quarta-feira, para conquistar o título estadual. O que não diminui em nada a alegria desses verdadeiros vencedores. Não de um jogo ou de um campeonato, mas da vida.

Roberto Ramos/DP/D.A Press
Wanderson, Carla, Cleiton, Gabriela, Leopoldo, Eliadja, Graziela e mais 17 crianças internadas no Hospital do Câncer de Pernambuco foram homenageadas na primeira partida da decisão pelo Sport tendo seus nomes estampados nas costas de cada jogador. Ação que se repetirá no jogo da volta contra o Náutico, na Arena Pernambuco. A ideia do departamento de ação social rubro-negro é que, após as finais, cada criança receba a sua camisa, entregue pelo respectivo atleta que a representou.

A homenagem ajudou a alegrar o dia da pequena Graziela Maciel. Dona de um sorriso fácil e encantador, que a transformou no xodó do Hospital do Câncer, a menina não assistiu a partida. Estava na estrada, com a mãe, Shirley Maciel, encarando 12 horas de estrada, de Petrolina, onde mora, até o Recife. Viagem que faz há um ano por conta do tratamento. Ontem, no hospital, ela comemorou o seu aniversário de 10 anos. E um dos presentes foi saber que o seu nome estava na camisa do time do coração. “Vi na televisão. Meu número foi o cinco (do volante Ewerton Páscoa). Fiquei feliz. Sou do Sport. Quero mais quatro gols no outro jogo”, disse a menina.

A ação abriu brecha até em uma rivalidade centenária. Torcedor do Santa Cruz, Adaílton da Silva, de 14 anos, não escondeu a satisfação ao saber que seu nome estava na camisa rubro-negra. “Torci pelo Sport”, reconheceu o garoto, vencendo a timidez. Vitória também da solidariedade. Que veste todas as camisas.