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Impunidade

Violência no futebol Pernambucano: quem paga a conta?

postado em 14/05/2013 07:06 / atualizado em 14/05/2013 07:10

Redação Superesportes /Diario de Pernambuco

A cada fim de semana. A cada rodada de futebol. O cidadão pernambucano se viu forçado a se acostumar a uma triste realidade. Vítimas de grupos. Supostamente torcedores organizados. Porém, promotores do vandalismo e disseminadores da violência. Em especial em dias de clássicos. A tensão toma conta. O clima de insegurança se instala. No último domingo (12), o Recife parou. Seus dois clubes mais populares duelavam na grande decisão do Campeonato Pernambucano. Dentro de campo, o Santa Cruz bateu o Sport e conquistou o tricampeonato estadual. Fora das quatro linhas, contudo, atos de vandalismos se repetiram. Ônibus depredados. Banheiros da Ilha do Retiro destruídos. Carros danificados. Patrimônios lesados. Bens públicos deteriorados. Cidadãos amedrontados. Quem responde pelos atos de violência? Quem paga essa conta, afinal?

As marcas do vandalismo

Principal meio de transporte para os jogos de futebol, os ônibus são os principais alvos das atitudes delituosas dos vândalos que se reúnem em grupos para a prática da violência. No último domingo não foi diferente. Os veículos de transporte coletivo foram novamente depredados. O prejuízo foi maior de R$10 mil, de acordo com dados do Grande Recife Consórcio.

49 número de ônibus depredados

122 total de avarias nos veículos

R$10.650,00 custo estimado para reparar as avarias

Edvaldo Rodrigues/DP/D. A. Press
A ação policial

Foram 1.400 policiais na operação para o decisivo Clássico das Multidões do domingo. A partir de um trabalho de inteligência da Polícia Militar, houve uma atenção especial do efetivo nos principais focos de tensão. Atuação preventiva, de acordo com o coronel Paulo Cabral, comandante do Policiamento da Capital. Que garantiu “um clássico tranquilo”, na opinião do coronel. Tranquilidade nas vias de acesso. Não houve registro de arrastão, brigas entre torcidas, nem ocorrência de lesão corporal grave ou vítima fatal. O que não significa, contudo, ausência de tumultos e vandalismo.

321 ocorrências de vandalismos, furtos, danos ao patrimônio, desordem, em toda a Região Metropolitana, das 12h às 21h

40
pessoas detidas no raio de 5km do estádio

126 pessoas presas na RMR em ações preventivas por conta do clássico

15 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) registrados pela delegacia-móvel do estádio, entre as razões: cambistas, uso de entorpecentes e provocação de tumulto

Banheiros da Ilha vandalizados   
Se o time do Santa Cruz deixou sua marca dentro de campo, batendo o Sport e conquistando o título na casa de seu maior rival, torcedores tricolores também deixaram suas marcas na Ilha do Retiro. Mas foram marcas negativas. Os banheiros – masculino e feminino – foram destruídos. Um corrimão foi arrancado e parte da barra de metal foi atirada em carros estacionados por trás da geral do placar. Os danos causados ao patrimônio rubro-negro serão ressarcidos pelo Santa Cruz. O Sport enviará um ofício à Federação Pernambucana, que vai intermediar o pagamento.

6 bacias acopladas destruídas
3 pias arrancadas
3 portas quebradas
1 corrimão arrancado

R$5.000,00: custo estimado pelo Sport para a reparação dos danos

Carros danificados por torcedores do Sport

Revoltados com a perda de mais um título para o Santa Cruz, o terceiro consecutivos, torcedores do Sport apedrejaram diversos carros que se encontravam estacionados na entrada  dos vestiários da Ilha do Retiro. De acordo com o coronel Paulo Cabral, o Batalhão de Choque da Polícia Militar agiu assim que foi acionada. Entretanto, por se tratar de um espaço privado, o militar acredita que o Sport falhou no reforço do efetivo de segurança privada no local.