Futebol Nacional
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Pressão

Mancini não entrega o cargo, pede paciência e promete título

Treinador foi hostilizado desde antes do início da partida contra o Ypiranga, que acabou com a derrota do Náutico por 2 a 0, nos Aflitos

postado em 07/04/2013 19:36

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Quando saiu hostilizado de campo pela torcida, o técnico Vágner Mancini foi direto para os vestiários para falar com os jogadores. Antes, conversou brevemente com o superintendente de futebol, Daniel Freitas, e seguiu para a coletiva com jornalistas e repórteres. Os profissionais que estavam na sala de imprensa esperavam que o treinador entregasse o cargo, ou que chegasse anuciando a sua demissão. De cabeça em pé e tentando colocar panos mornos nas duas derrotas consecutivas dentro de casa, o técnico falou que, se depender dele, vai permanecer no clube. Prometeu o título e pediu paciência para os torcedores que querem a sua saída do Alvirrubro.

"A pressão é normal nesse momento. Temos que saber lidar com isso daí. Temos que assimilar a derrota e reagir", disse Mancini. Peguntando se deixaria o Náutico, foi enfático. "Eu não vou entregar o cargo porque eu não jogo nunca a toalha. Eu vou até o fim. Acredito ainda que o Náutico vai chegar ao título. Não tenho dúvida que o time pode reagir. Para isso, é necessário mais do que o 100% que estamos dando. Precisamos de 150%".

Mancini não quis imputar a culpa da situação do Timbu para ninguém específico. Mas dividiu a responsabilidade."Todo mundo ai fora quer achar um culpado. Temos que ser serenos e pensar com a cabeça. Todos que fazem o futebol do Náutico têm uma parcela de culpa", contou. O treinador, na sequência, foi questionado se já tinha sido procurado por alguém da direção. Disse que conversou apenas com Daniel Freitas, mas nada relacionado a sua saída. "Falei rapidamente com ele, entrei na minha sala e fiquei junto da minha equipe fazendo anotações. Não falei com mais ninguém", garantiu. Para finalizar a coletiva, um repórter de uma tv local pediu para o treinador dar um recado para os torcedores. O comandante pregou a confiança no seu trabalho. "Eles têm que acreditar. Podem vir reclamar, que é um direito deles, mas acreditem porque ainda não acabou o campeonato".

Quanto, especificamente, ao jogo contra o Ypiranga, Mancini crê que o fator psicológico dos seus atletas foi um dos pontos que ocasionaram a derrota em casa. "Tivemos oportunidades para empatar. Depois, levamos um gol que, ao meu ver, não foi pênalti. A partir dali, nos perdemos emocionalmente", pontuou.